Dois depoentes ficam em silêncio em audiência na CPI do CARF
LOC: EM AUDIÊNCIA NESTA TERÇA-FEIRA NA CPI DO CARF, DOIS EX-CONSELHEIROS DO ÓRGÃO, ADRIANA RIBEIRO E JORGE RODRIGUES, FICARAM EM SILÊNCIO.
LOC: E GEGLIANE BESSA PINTO, EX-FUNCIONÁRIA DA EMPRESA QUE PERTENCE À EX-CONSELHEIRA ADRIANA RIBEIRO, PRESTOU DEPOIMENTO DE FORMA SECRETA. DETALHES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES:
(Repórter) Os três depoentes vieram à reunião da CPI com decisões do Supremo Tribunal Federal que deu a eles o direito de permanecerem calados. No entanto, Gegliane Maria Bessa Pinto resolveu falar em caráter secreto. Segundo ela, o que tinha a revelar poderia comprometer o andamento das investigações da comissão. Gegliane é ex-funcionária da J.R. Silva Advogados e Associados, da qual a ex-conselheira do Carf, Adriana Oliveira e Ribeiro, é sócia. A senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, que é relatora da comissão, explicou que Gegliane decidiu cooperar com as investigações da CPI.
(Vanessa Grazziotin) “Alguém que tem muito conhecimento de tudo que aconteceu no âmbito do Carf e que essa pessoa colaborará com a CPI, ajudará trazendo informações novas. O que nós queremos é avançar nos nossos trabalhos de investigação e elucidar muito do que precisa ser elucidado”.
(Repórter) O ex-conselheiro do Carf, Jorge Victor Rodrigues, disse que não poderia responder às perguntas dos senadores porque não lhe foi permitido acessar ao processo, nem na Polícia Federal, nem na CPI. E afirmou ser inocente das acusações feitas.
(Jorge Victor Rodrigues) “Eu me declaro absolutamente inocente. Eu não tenho absolutamente nada a ver com qualquer conselheiro do Carf que tenham julgamentos que estão sob suspeição ou investigação, tanto do inquérito policial quanto desta CPI. Eu estou disposto a colaborar, sim, mas eu acho que talvez não seja esse o momento, porque eu não tenho elementos suficientes”.
(Repórter) O presidente da CPI, o senador Ataídes Oliveira, do PSDB do Tocantins, ressaltou que todo pedido de conhecimento do processo deve ser atendido.
(Ataídes Oliveira) “Qualquer pessoa que está sendo investigada tem o direito de ter acesso. Então, essa história de que a Polícia Federal e o Ministério Público negou, eles estão indo contra a lei. Não acredito que uma formulação de um pedido ao Ministério público, à Polícia Federal e à Justiça Federal seria negado. Eu não acredito”.
(Repórter) O Carf é um órgão do Ministério da Fazenda pelo qual contribuintes podem contestar multas aplicadas pela Receita Federal. E a Operação Zelotes, feita por diversos órgãos federais de investigação em conjunto com a Polícia Federal, constatou que grandes empresas subornavam integrantes do Carf para reduzirem multas em processos da Receita.
LOC: E GEGLIANE BESSA PINTO, EX-FUNCIONÁRIA DA EMPRESA QUE PERTENCE À EX-CONSELHEIRA ADRIANA RIBEIRO, PRESTOU DEPOIMENTO DE FORMA SECRETA. DETALHES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES:
(Repórter) Os três depoentes vieram à reunião da CPI com decisões do Supremo Tribunal Federal que deu a eles o direito de permanecerem calados. No entanto, Gegliane Maria Bessa Pinto resolveu falar em caráter secreto. Segundo ela, o que tinha a revelar poderia comprometer o andamento das investigações da comissão. Gegliane é ex-funcionária da J.R. Silva Advogados e Associados, da qual a ex-conselheira do Carf, Adriana Oliveira e Ribeiro, é sócia. A senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, que é relatora da comissão, explicou que Gegliane decidiu cooperar com as investigações da CPI.
(Vanessa Grazziotin) “Alguém que tem muito conhecimento de tudo que aconteceu no âmbito do Carf e que essa pessoa colaborará com a CPI, ajudará trazendo informações novas. O que nós queremos é avançar nos nossos trabalhos de investigação e elucidar muito do que precisa ser elucidado”.
(Repórter) O ex-conselheiro do Carf, Jorge Victor Rodrigues, disse que não poderia responder às perguntas dos senadores porque não lhe foi permitido acessar ao processo, nem na Polícia Federal, nem na CPI. E afirmou ser inocente das acusações feitas.
(Jorge Victor Rodrigues) “Eu me declaro absolutamente inocente. Eu não tenho absolutamente nada a ver com qualquer conselheiro do Carf que tenham julgamentos que estão sob suspeição ou investigação, tanto do inquérito policial quanto desta CPI. Eu estou disposto a colaborar, sim, mas eu acho que talvez não seja esse o momento, porque eu não tenho elementos suficientes”.
(Repórter) O presidente da CPI, o senador Ataídes Oliveira, do PSDB do Tocantins, ressaltou que todo pedido de conhecimento do processo deve ser atendido.
(Ataídes Oliveira) “Qualquer pessoa que está sendo investigada tem o direito de ter acesso. Então, essa história de que a Polícia Federal e o Ministério Público negou, eles estão indo contra a lei. Não acredito que uma formulação de um pedido ao Ministério público, à Polícia Federal e à Justiça Federal seria negado. Eu não acredito”.
(Repórter) O Carf é um órgão do Ministério da Fazenda pelo qual contribuintes podem contestar multas aplicadas pela Receita Federal. E a Operação Zelotes, feita por diversos órgãos federais de investigação em conjunto com a Polícia Federal, constatou que grandes empresas subornavam integrantes do Carf para reduzirem multas em processos da Receita.