Nova comitiva vai à Venezuela para se reunir com governo e oposição local — Rádio Senado

Nova comitiva vai à Venezuela para se reunir com governo e oposição local

LOC: UMA NOVA COMITIVA DE SENADORES BRASILEIROS EMBARCA PARA A VENEZUELA NESTA QUARTA-FEIRA PARA SE REUNIR COM REPRESENTANTES DO GOVERNO E DA OPOSIÇÃO. 

LOC: PARLAMENTARES OPOSICIONISTAS NEGARAM O CONVITE PARA ESTA VISITA APÓS SEREM IMPEDIDOS DE VER OS PRESOS POLÍTICOS EM CARACAS NA SEMANA PASSADA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

(Repórter) Os senadores Roberto Requião do PMDB do Paraná, Lindbergh Farias do PT do Rio de Janeiro, Randolfe Rodrigues do PSOL do Amapá, Telmário Mota do PDT de Roraima, Lídice da Mata do PSB da Bahia e Vanessa Grazziotin do PC do B do Amazonas embarcam nesta quarta-feira à noite para a Venezuela. Na semana passada, em Caracas, parlamentares brasileiros da oposição não conseguiram visitar os presos políticos venezuelanos por terem sido hostilizados ainda no aeroporto. O senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais, recusou o convite feito em Plenário por Lindbergh Farias para integrar essa segunda comitiva brasileira. Ele cobrou dos parlamentares ligados ao governo uma defesa aos direitos humanos ao acusá-los de nada fazerem pelos opositores ao presidente Nicolás Maduro. 

(Aécio Neves) A comitiva chapa-branca, na verdade, é uma reação ao incômodo que a nossa visita causou e não deveria ter causado. Queríamos sim prestar nossa solidariedade aos presos políticos porque é inadmissível que em pleno século XXI existam presos políticos, pessoas que são presas por manifestarem a sua oposição ao governo que lá está. Queríamos também a definição da data das eleições parlamentares. 

(Repórter) Lindbergh Farias negou que essa segunda comitiva seja chapa-branca ao destacar que o grupo vai ouvir todos os lados. 

(Lindbergh Farias) Muito pelo contrário, queremos conversar com todos. Vamos conversar com a oposição venezuelana, com o principal lidere moderado Henrique Capriles, que não foi procurado pela comitiva anterior. Vamos conversar com as mulheres dos presos da Venezuela. Queremos conversar com o governo. Agora queremos ter uma posição equilibrada. A última coisa que queremos é que a Venezuela entre num processo de guerra civil porque é ruim para a Venezuela, para o Brasil e para a América Latina. 

(Repórter) Em resposta à hostilidade à comitiva da oposição, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, cobrou um posicionamento do governo brasileiro.
22/06/2015, 07h51 - ATUALIZADO EM 22/06/2015, 07h51
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