Prazo de carência do FGTS para financiamento da moradia pode ser reduzido para um ano — Rádio Senado

Prazo de carência do FGTS para financiamento da moradia pode ser reduzido para um ano

LOC: PRAZO DE CARÊNCIA DO FGTS PARA FINANCIAMENTO DA MORADIA PODE SER REDUZIDO PARA UM ANO 

LOC: PROPOSTA COM ESSE OBJETIVO FOI APRESENTADA PELO SENADOR PAULO PAIM, DO PT GAÚCHO, COMO INFORMA O REPÓRTER HEBERT MADEIRA. 

TEC: (Repórter) A proposta PLS 359 de 2015 altera o prazo de carência para utilizar a conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, FGTS, na modalidade de moradia. Caso seja aprovada, o trabalhador vai poder movimentar o saldo após um ano de depósitos no fundo. E após o saque, com intervalo de um ano, os recursos poderão ser novamente utilizados. Para o autor da matéria, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, o prazo mínimo atual de três anos de trabalho faz com que se paguem mais juros, enquanto a demora para ter acesso ao depósito é maior. 

(Paim) Com isso, você vai estar pagando aluguel, juros. Com o dinheiro do Fundo de Garantia, que você poderia estar utilizando para ter a casa própria, você vai ficar ainda, no caso de três anos, no mínimo, mais dois anos pagando. 

(Repórter) Outro ponto levantado por Paim é o rendimento anual do FGTS, de 3 por cento. Para ele, o dinheiro aplicado deveria render cerca de 8 por cento ao ano, como a poupança. Na justificativa do projeto, o senador enfatiza ainda que a aquisição de moradia pelo Sistema Financeiro de Habitação, SFH, conta com juros anuais de, pelo menos, 7 por cento. Nesse aspecto, o tempo de espera para ter acesso ao Fundo de Garantia não favorece o trabalhador, que precisa pagar juros mais elevados do que os recebidos. Paulo Paim afirma que a proposta não traz nenhum prejuízo para a Caixa, mas facilita que o trabalhador retire o dinheiro, que é dele, para a área correspondente à modalidade de moradia. 

(Paim) O Fundo de Garantia, como é um dinheiro do trabalhador, ele deve ter o direito sagrado de retirar no momento em que ele mais precisa, do que estar tirando em bancos, empréstimo consignado, se endividando a juros absurdos, enquanto o dinheiro do fundo está lá depositado. 

(Repórter) O projeto aguarda análise na Comissão de Assuntos Econômicos. Da Rádio Senado.
18/06/2015, 06h14 - ATUALIZADO EM 18/06/2015, 06h14
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