Projeto isenta estudantes com bolsa no exterior da cobrança do IOF — Rádio Senado

Projeto isenta estudantes com bolsa no exterior da cobrança do IOF

LOC: ESTUDANTES BRASILEIROS COM BOLSAS DE ESTUDO NO EXTERIOR PODERÃO FICAR ISENTOS DE COBRANÇA DO IOF NO ENVIO DE DINHEIRO PARA PAGAR SEUS GASTOS FORA DO PAÍS. 

LOC: É O QUE PREVÊ PROJETO QUE ESTÁ PRONTO PARA SER VOTADO NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO SENADO. REPORTER NARA FERREIRA: 

TÉC: O senador Ciro Nogueira, do PP do Piauí, autor do projeto, afirma que a isenção do IOF seria uma forma de ajudar os estudantes que foram prejudicados com o aumento do imposto de 0.38 por cento para mais de seis por cento, em operações de câmbio com cartões pré-pagos, de débito ou crédito e cheques de viagem. O senador diz não ser compreensível que o mesmo governo que oferece bolsas de estudo recupere parte dos rendimentos com a tributação sobre operações financeiras. Ciro Nogueira afirma que o objetivo é evitar que estudantes brasileiros fiquem desestimulados a buscar programas do governo de bolsas de estudo. 

(CIRO) Ocorre que o turista normal consegue fugir dos efeitos desse aumento porque tem condições financeiras para pagar em moeda estrangeira em espécie e deixa de usar esses cartões, coisa que muitas vezes não atinge os estudantes. A grande maioria dos estudantes tem uma vida austera, tirando o sustento exclusivamente das bolsas de estudo. Ao isentar o imposto, esses estudantes teriam um grande ganho para se manterem no exterior, melhorando suas condições financeiras 

(REPÓRTER) Ele ressaltou que, ao participar de programas de bolsas no exterior, como o Ciência sem Fronteiras, o estudante mantém contato com sistemas educacionais de alto nível em tecnologia e inovação, o que repercute na capacitação do jovem para entrar no mercado de trabalho, cada vez mais exigente e competitivo. A relatora do projeto, senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, concorda que o aumento de impostos nas operações de câmbio muitas vezes inviabiliza a permanência de bolsistas fora do País e é um desestímulo a novas adesões aos programas. Depois de votado na Comissão de Educação, o projeto passará pela Comissão de Assuntos Econômicos, de onde poderá seguir direto para a Câmara dos Deputados.
15/06/2015, 12h42 - ATUALIZADO EM 15/06/2015, 12h42
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