CRE aprova as indicações dos novos embaixadores do Brasil no México e Catar — Rádio Senado

CRE aprova as indicações dos novos embaixadores do Brasil no México e Catar

LOC: A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES APROVOU NA TARDE DESTA TERÇA-FEIRA AS INDICAÇÕES DOS NOVOS EMBAIXADORES DO BRASIL NO MÉXICO E CATAR. 

LOC: ÊNIO CORDEIRO, QUE DEVERÁ CHEFIAR A EMBAIXADA BRASILEIRA NO MÉXICO, DESTACOU QUE O PAÍS REGISTROU UMA QUEDA SIGNIFICATIVA NOS ÍNDICES SOCIAIS, APESAR DOS AVANÇOS NAS EXPORTAÇÕES DE PRODUTOS COM VALOR AGREGADO. REPÓRTER NARA FERREIRA. 

(Repórter) O embaixador Ênio Cordeiro afirmou que o México é o único país da América Latina e Caribe onde a pobreza aumentou: 51 por cento da população vivem abaixo da linha da pobreza, e o salário mínimo perdeu 80 por cento do poder de compra nos últimos 30 anos, período que coincide com a vigência do Nafta, bloco econômico formado por México, Estados Unidos e Canadá. Segundo o embaixador, 80% das exportações mexicanas vão para os Estados Unidos, o que resultou em alto grau de dependência. Enquanto a economia brasileira focaliza o mercado interno, a mexicana é voltada para o exterior. O agronegócio no Brasil corresponde a 40% das exportações e ocupa 20% da força de trabalho. No México, a agricultura é concentrada na produção familiar, e corresponde a apenas 3% do PIB. Ênio Cordeiro destacou que o México é o único país da Aliança do Pacífico - formada ainda por Chile, Peru e Colômbia - com o qual o Brasil não tem um acordo de livre comércio. 

(Ênio) Buscar um espaço para uma integração e complementação econômica com o México é um esforço que devemos fazer em termos de integração econômica e de afirmação na integração comercial, econômica industrial na America Latina e Caribe. Agora há interesses, é preciso investir mais. 

(Repórter) A comissão aprovou também a indicação de Roberto Abdalla, para o Catar, país-sede da Copa do Mundo em 2022. O Catar tem a maior renda per capita do mundo, mas a economia é dependente do petróleo e gás. O senador Cristóvam Buarque, do PDT do Distrito Federal, elogiou o conhecimento dos embaixadores e sugeriu que a Comissão passe a receber relatórios regulares das missões diplomáticas no exterior: 

(Cristóvam) Podem ser até cópias dos que mandam para os ministérios. Não vamos querer os sigilosos, porque tem informações sobre os países que exige sigilo de estado a estado, mas gostaria de ter participação da nossa comissão com nossos embaixadores no exterior. 

(Repórter) As indicações seguem, agora, para votação no Plenário. Da Rádio Senado.
09/06/2015, 07h46 - ATUALIZADO EM 09/06/2015, 07h46
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