CRE debate política externa brasileira na área de direitos humanos — Rádio Senado

CRE debate política externa brasileira na área de direitos humanos

LOC: O CHANCELER MAURO VIEIRA E OS SENADORES DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL DEBATERAM NESTA QUINTA-FEIRA A POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA NA ÁREA DE DIREITOS HUMANOS. 

LOC: O PEDIDO PARA A VINDA DO MINISTRO FOI DO SENADOR TASSO JEREISSATI, DO PSDB DO CEARÁ, QUE QUESTIONOU O PORQUÊ DA DECISÃO DO BRASIL DE SE ABSTER EM RESOLUÇÕES DO CONSELHO DE DIREITOS HUMANOS DA ONU CONTRA O IRÃ E A SÍRIA. REPÓRTER NARA FERREIRA:  

TÉC: O presidente da Comissão, senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, destacou o princípio da prevalência dos direitos humanos previsto na Constituição como elemento norteador da política externa brasileira. E lembrou que, além das abstenções envolvendo Síria e Irã, também preocupa os senadores a posição do Brasil frente aos direitos humanos na Venezuela. O ministro Mauro Vieira disse que o Brasil defende o que chama de não seletividade e não politização no tratamento do tema, caso contrário, disse o ministro, seria afetada a credibilidade do próprio sistema internacional que seria visto como um instrumento utilizado politicamente contra países específicos. 

(MINISTRO) recusamos o impulso e a prática infelizmente comuns de simplesmente condenar países sem reconhecerem os progressos e sem que se apoiem ações voltadas a efetiva melhoria da situação dos direitos humanos em cada país. 

(REPÓRTER) O senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, considerou omissa e incoerente a posição do governo brasileiro ao se abster no Conselho de Direitos Humanos, diferentemente das principais democracias. 

(TASSO) a evolução cruel dos desrespeitos aos direitos humanos na Síria com massacres, decapitação pública de pessoas, e nós simplesmente sermos omissos em função de uma posição que ninguém entende bem porque, a não ser isso aqui que fica claro: com o Brasil, Bolívia, China, Cuba e Venezuela. 

(REPÓRTER) O chanceler esclareceu que até o ano passado o Brasil votava a favor das resoluções contra a Síria, por exemplo, mas manifestando preocupações quanto ao fato de os textos cada vez mais condenarem apenas uma das partes do conflito, e sem considerar que todos os lados cometeram e cometem graves violações dos direitos humanos.
28/05/2015, 01h05 - ATUALIZADO EM 28/05/2015, 01h05
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