CDH volta a discutir proposta de legalização do aborto
LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA VOLTOU A DISCUTIR NESTA QUINTA-FEIRA A PROPOSTA DE LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NAS DOZE PRIMEIRAS SEMANAS DE GRAVIDEZ.
LOC: O ASSUNTO É POLÊMICO E DIVIDIU A OPINIÃO DOS CONVIDADOS E DOS SENADORES. REPÓRTER GEORGE CARDIM.
TÉC: O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, explicou que a proposta de legalização do aborto nas primeiras doze semanas de gestação contou com o apoio de mais de 20 mil pessoas e foi sugerida pela população através do Portal E-Cidadania. Paim explicou que além de atendimento médico nos hospitais públicos, a iniciativa busca garantir às grávidas apoio psicológico e social.
(Paim) De maneira a ajudá-la a superar este momento que atravessa. Esse apoio visaria também assegurar que a gestante poderia decidir de modo informado, consciente e responsável se de fato deseja interromper a gravidez.
(REPÓRTER) Durante o debate, os convidados defenderam campanhas educativas para prevenir a gravidez indesejada e permitir o planejamento familiar. Mas o assunto não tem consenso. A pesquisadora Fernanda Takitani argumentou que o direito das mulheres é defendido como um método de controle populacional. O representante da CNBB, Berado Graz, disse que a entidade defende a vida desde a concepção. E a pesquisadora Lenise Garcia, da UnB, lembrou que com três meses, o feto já tem vários órgãos
(Lenise) Doze semanas, Já tem olho, tem orelha, tem costas, tem baço e tem inclusive, se for uma menina, útero. Então é interessante que aquelas mulheres que dizem que tem direito ao seu útero pensem que a sua filha também tem direito ao seu.
(REPÓRTER) Já a especialista Sandra Valongueiro explicou que o aborto ilegal é um problema de saúde pública. A socióloga Jolúzia Batista defendeu mudanças na legislação, que prevê uma pena de até três anos de prisão para a mulher que aborta. O médico Thomas Gollop revelou que setecentas mil mulheres fazem aborto por ano no país e uma morre por dia vítima das péssimas condições de atendimento.
(Gollop) Uma em cada cinco mulheres de 18 a 39 anos já provocou aborto no Brasil. Por serem inseguros, os abortos arriscam a vida das mulheres, notadamente as negras e as mais pobres.
(REPÓRTER) Esta foi a segunda de uma série de cinco audiências públicas que a Comissão de Direitos Humanos vai fazer antes de votar a proposta que permite a interrupção voluntária da gravidez.
LOC: O ASSUNTO É POLÊMICO E DIVIDIU A OPINIÃO DOS CONVIDADOS E DOS SENADORES. REPÓRTER GEORGE CARDIM.
TÉC: O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, explicou que a proposta de legalização do aborto nas primeiras doze semanas de gestação contou com o apoio de mais de 20 mil pessoas e foi sugerida pela população através do Portal E-Cidadania. Paim explicou que além de atendimento médico nos hospitais públicos, a iniciativa busca garantir às grávidas apoio psicológico e social.
(Paim) De maneira a ajudá-la a superar este momento que atravessa. Esse apoio visaria também assegurar que a gestante poderia decidir de modo informado, consciente e responsável se de fato deseja interromper a gravidez.
(REPÓRTER) Durante o debate, os convidados defenderam campanhas educativas para prevenir a gravidez indesejada e permitir o planejamento familiar. Mas o assunto não tem consenso. A pesquisadora Fernanda Takitani argumentou que o direito das mulheres é defendido como um método de controle populacional. O representante da CNBB, Berado Graz, disse que a entidade defende a vida desde a concepção. E a pesquisadora Lenise Garcia, da UnB, lembrou que com três meses, o feto já tem vários órgãos
(Lenise) Doze semanas, Já tem olho, tem orelha, tem costas, tem baço e tem inclusive, se for uma menina, útero. Então é interessante que aquelas mulheres que dizem que tem direito ao seu útero pensem que a sua filha também tem direito ao seu.
(REPÓRTER) Já a especialista Sandra Valongueiro explicou que o aborto ilegal é um problema de saúde pública. A socióloga Jolúzia Batista defendeu mudanças na legislação, que prevê uma pena de até três anos de prisão para a mulher que aborta. O médico Thomas Gollop revelou que setecentas mil mulheres fazem aborto por ano no país e uma morre por dia vítima das péssimas condições de atendimento.
(Gollop) Uma em cada cinco mulheres de 18 a 39 anos já provocou aborto no Brasil. Por serem inseguros, os abortos arriscam a vida das mulheres, notadamente as negras e as mais pobres.
(REPÓRTER) Esta foi a segunda de uma série de cinco audiências públicas que a Comissão de Direitos Humanos vai fazer antes de votar a proposta que permite a interrupção voluntária da gravidez.