Senado aprova alterações no seguro desemprego e no abono salarial — Rádio Senado

Senado aprova alterações no seguro desemprego e no abono salarial

LOC: APÓS MAIS DE QUATRO HORAS DE DISCUSSÃO, O PLENÁRIO DO SENADO APROVOU AS NOVAS REGRAS PARA CONCESSÃO DO SEGURO DESEMPREGO E ABONO SALARIAL.  

LOC: O GOVERNO, POR SUA VEZ, TEVE QUE CEDER PARA ASSEGURAR A VOTAÇÃO DE UM DOS PROJETOS DO AJUSTE FISCAL. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

(Repórter) Por 39 votos favoráveis e 32 contrários, o Plenário do Senado aprovou a medida provisória que altera a concessão de direitos trabalhistas. Pela proposta, o seguro-desemprego só será pago a quem tiver trabalhado com carteira assinada por um ano dentro do prazo de 18 meses para a primeira solicitação. Hoje, o benefício era liberado após seis meses. O projeto também exige um ano de atividade profissional para o pescador artesanal receber o seguro-defeso, que poderá ser acumulado com outros benefícios, a exemplo do Bolsa-Família. Mas para garantir a aprovação da chamada MP 665, a presidente Dilma Rousseff se comprometeu em vetar a exigência de 3 meses de carteira assinada para a liberação do abono no valor de um salário mínimo. Mas será mantido o pagamento proporcional ao tempo trabalhado. Hoje, bastava um mês de carteira assinada para o recebimento do benefício. A oposição, com o apoio de alguns governistas, votou contrariamente ao projeto sob o argumento de que os trabalhadores serão prejudicados, como declarou o líder do Democratas, senador Ronaldo Caiado, de Goiás. 

(Ronaldo Caiado) O abono salarial nunca foi proporcional, sempre teve a garantia de ter o salário mínimo na sua inteireza. O seguro-defeso, se amanhã, tivermos um rio qualquer que precisa ser interditado por um ano, o pescador só terá o seguro por 5 meses. Seguro-desemprego, as exigências são tantas, até estar matriculado no Pronatec.  

(Repórter) O líder do governo, senador Delcídio do Amaral, de Mato Grosso do Sul, argumentou que as mudanças vão garantir o pagamento futuro dos benefícios por impedir fraudes. 

(Delcídio Amaral) Precisamos separar muito bem aquilo que tira direitos daquilo que efetivamente o Brasil precisa corrigir porque essas distorções estão levando aquilo que arrecadamos em impostos para pagar distorções, o que não faz minimamente sentido.  

(Repórter) Essa medida provisória, que faz parte do ajuste fiscal, garantirá uma economia de R$ 5 bilhões aos cofres públicos.
26/05/2015, 11h21 - ATUALIZADO EM 26/05/2015, 11h21
Duração de áudio: 02:03
Ao vivo
00:0000:00