Senado rejeita indicação de Guilherme Patriota para a OEA — Rádio Senado

Senado rejeita indicação de Guilherme Patriota para a OEA

LOC: O SENADO REJEITOU A INDICAÇÃO DE GUILHERME DE AGUIAR PATRIOTA PARA A ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS, A OEA.  

LOC: O NOME DO INDICADO RECEBEU TRINTA E SETE VOTOS FAVORÁVEIS E TRINTA E OITO CONTRÁRIOS. DETALHES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: 

(Repórter) O diplomata Guilherme de Aguiar Patriota foi indicado pela presidência da República para representar o Brasil na Organização dos Estados Americanos, a OEA. Seu nome foi rejeitado com a diferença de um voto: foram 37 favoráveis e 38 contrários. Na avaliação do senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, a rejeição aconteceu por disputas partidárias: 

(Lindbergh Farias) “É a primeira vez na história que um diplomata de carreira é rejeitado pelo Senado Federal. Eu acho, simplesmente, um fato lamentável o que aconteceu na tarde de hoje no Senado Federal”. 

(Repórter) Já o senador Cássio Cunha Lima, do PSDB da Paraíba, elogiou a postura do Senado de não chancelar as decisões do Poder Executivo sem análise. Ele observou o valor das sabatinas feitas e disse que a rejeição de Guilherme Patriota foi em razão das respostas dadas por ele na Comissão de Relações Exteriores: 

(Cássio Cunha Lima) “A sabatina não é um mero ato protocolar, não é um rito de passagem, muito menos é uma ação entre amigos. A sabatina serve para que o sabatinado possa revelar à República a sua forma de pensar e nas respostas que foram dadas pelo sabatinado ficou patente que ele poderia melhor representar a Venezuela que o Brasil”. 

(Repórter) O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, lamentou a rejeição e ressaltou que Patriota é um diplomata de carreira e não foi indicado por razões políticas. 

(Cristovam Buarque) “Eu lamento que tenhamos usado a soberania que nós temos para rejeitar um embaixador de carreira com alta reputação que ele tem em toda a comunidade. Eu considero que foi um equívoco”.  

(Repórter) E o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, destacou a função do Senado, que deve decidir de forma independente: 

(Renan Calheiros) “É uma decisão do Senado Federal que tem que ser respeitada, sim. É atribuição constitucional do Senado Federal apreciar as indicações dos embaixadores do Brasil. Se a aprovação fosse automática, nós não precisávamos fazer sabatina e apreciar no Plenário”. 

(Repórter) Na mesma sessão, o Senado aprovou três indicações para ocupar cargos de embaixador. Paulo Cesar de Oliveira Campos foi aprovado para a embaixada na França e no Principado de Mônaco; João Alberto Dourado Quintaes, para o Mali; e Cícero Martins Garcia para embaixada do Brasil na Geórgia.
19/05/2015, 09h46 - ATUALIZADO EM 19/05/2015, 09h46
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