Saques nas cadernetas de poupança afetaram financiamento agrícola — Rádio Senado

Saques nas cadernetas de poupança afetaram financiamento agrícola

LOC: OS SAQUES BILIONÁRIOS NAS CADERNETAS DE POUPANÇA PREJUDICARAM O FINANCIAMENTO AGRÍCOLA NO PRIMEIRO TRIMESTRE DO ANO. 

LOC: A INFORMAÇÃO É DO VICE-PRESIDENTE DE AGRONEGÓCIOS DO BANCO DO BRASIL, O EX-SENADOR OSMAR DIAS. ELE PARTICIPOU DE UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO E DISSE QUE, EM FUNÇÃO DO CONTEXTO ECONÔMICO DELICADO, ACHA DIFÍCIL OS JUROS AGRÍCOLAS CAÍREM. REPÓRTER FLORIANO FILHO. 

TÉC: O ex-senador Osmar Dias, vice-presidente do Banco do Brasil para Agronegócios e Micro e Pequenas empresas fez uma apresentação aos senadores da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária. Ele destacou o crescimento do financiamento agrícola pelo banco nos últimos anos, que chegou a 165 bilhões de reais em dezembro de 2014. Lembrou que todos os médios produtores do país são financiados pelo Banco do Brasil. Além disso, a instituição garante recursos para um milhão e 200 mil agricultores familiares. Segundo o Osmar Dias, é o banco que mais financia a agricultura no mundo. Ele explicou a importância do crédito para o setor (Osmar, “) Não há como levar tecnologia para o campo, não há como comprar uma máquina nova, semente de boa qualidade, se não tiver crédito. E crédito com um custo compatível com a atividade..O senador Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia, demonstrou preocupação com o aumento da taxa de juros para a agricultura, especialmente a familiar. (Gurgacz, ") Quanto mais se investe na agricultura familiar, mais a economia gira. E não só na agricultura. O vice-presidente do Banco do Brasil explicou que este momento de dificuldade na economia vem prejudicando o financiamento agrícola. Foram retirados recentemente 23 bilhões de reais da caderneta de poupança e o banco teve que buscar outras fontes de recursos como as Letras de Crédito Agrícola, que tem juros mais altos. (Osmar , ") Nós estamos numa luta muito grande em duas frentes – taxa de juros e volume de recursos. (REP) Como a balança comercial brasileira depende do superávit agropecuário, Osmar Dias disse que há um compromisso de não deixar cair os níveis de financiamento, apesar do atual momento econômico. Ele lembrou que a subida do dólar também aumenta os custos da agricultura.
16/04/2015, 01h54 - ATUALIZADO EM 16/04/2015, 01h54
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