IR: Oposição quer nova correção, mas relator pretende manter reajuste — Rádio Senado

IR: Oposição quer nova correção, mas relator pretende manter reajuste

LOC: A OPOSIÇÃO VAI PROPOR UMA NOVA CORREÇÃO PARA A TABELA DO IMPOSTO DE RENDA CORRESPONDENTE À INFLAÇÃO E PARA TODAS AS FAIXAS.  

LOC: MAS O RELATOR DA MEDIDA PROVISÓRIA QUER MANTER O REAJUSTE QUE VARIA DE QUATRO E MEIO A SEIS E MEIO POR CENTO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

TÉC: A medida provisória que corrige a tabela do Imposto de Renda já recebeu mais de 150 sugestões de mudanças. A maioria delas foi apresentada pela oposição, que vai atuar em três frentes. Na primeira, PSDB, Democratas, PSOL e até o PSB defendem um reajuste de 6,5% para todas as faixas de pagamento do tributo. Pela proposta do governo, a correção será de 4,5; 5, 5,5; e 6,5%. Na outra, a oposição pedirá que o reajuste seja retroativo a janeiro e não somente a partir de abril. E, por fim, os oposicionistas tentarão aprovar uma correção de quase 8%, que corresponde à inflação dos últimos doze meses, como afirmou o vice-líder do PSDB, senador Aloysio Nunes Ferreira de São Paulo. 

(Aloysio) Achamos que a tabela do Imposto de Renda deve ser corrigida pela inflação. Fora isso, o Imposto de Renda está confiscando a renda das pessoas. O IR incide sobre a renda efetiva que a pessoa teve naquele ano. Se a inflação comeu um pedaço dessa renda, a inflação tem que ser descontada. 

REPÓRTER: Mas o líder do PMDB, senador Eunício Oliveira, do Ceará, avisou que manterá o chamado reajuste escalonado ao lembrar que a medida provisória é uma proposta do Congresso Nacional aceita pela equipe econômica. 

(Eunicio) A MP 670 será preservada na íntegra porque foi um entendimento nosso. Eu avoquei a relatoria exatamente para preservar o acordo. O primeiro item da tabela que atendeu cerca de 17 milhões de brasileiros foi na totalidade da inflação, que foi 6,5%. 

REPÓRTER: Se for aprovada a correção de 8%, a isenção passa de R$ 1.903, como quer o governo, para R$ 1.929. E a alíquota de 27,5% seria cobrada de rendimentos acima de R$ 4.817 e não de 4.664. A medida provisória será discutida pela comissão mista antes de ir aos Plenários da Câmara e do Senado.
20/03/2015, 01h39 - ATUALIZADO EM 20/03/2015, 01h39
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