Receita aponta queda na arrecadação pelo quarto mês consecutivo — Rádio Senado

Receita aponta queda na arrecadação pelo quarto mês consecutivo

LOC: LEVANTAMENTO DA RECEITA APONTA QUEDA NA ARRECADAÇÃO FEDERAL PELO QUARTO MÊS CONSECUTIVO. 

LOC: BASE DE APOIO AO GOVERNO AFIRMA QUE AINDA ASSIM SERÁ POSSÍVEL CUMPRIR A META FISCAL. AS INFORMAÇÕES COM A REPÓRTER MARCELLA CUNHA. 

(Repórter) A arrecadação de impostos e contribuições federais teve uma queda de mais de cinco por cento em janeiro. Segundo a Receita Federal, o declínio seria um reflexo do baixo desempenho econômico do país. Mas o líder do PT no Senado, Humberto Costa, de Pernambuco acredita que o resultado negativo não impedirá o Governo de cumprir a meta do superávit primário, fixada em 1,2% do PIB.  

(Humberto Costa) “Primeiro porque todos nós reconhecemos que estamos vivendo um momento de dificuldade, com a continuidade inclusive do que aconteceu ano passado. Temos uma dificuldade pra fazer o país crescer nesse momento e só com crescimento há receita. Por outro lado eu acho que a meta do superávit vai ser obtida porque o Governo está fortemente comprometido com a redução das suas despesas.” . 

(Repórter) No fim de janeiro, o Governo anunciou algumas medidas para melhorar o resultado fiscal, porém o resultado do aumento da carga tributária só terá impacto em fevereiro. Para equilibrar as contas, o Governo também apostou em manter o reajuste da tabela do Imposto de Renda abaixo da inflação de 2014. O Governo defende um reajuste de 4,5% e vetou a proposta de correção do Congresso de quase 6,5%. O argumento é que o reajuste mais alto resultaria em uma renúncia fiscal de 7 bilhões de reais. O senador Álvaro Dias, do PSDB de Santa Catarina, defende a derrubada do veto presidencial, mas acredita que não haverá tempo hábil para fazer valer a proposta antes do início do prazo de declaração do Imposto de Renda, que começa nesta segunda-feira. 

(Alvaro Dias) “Eu creio que até segunda-feira nós não teremos a apreciação desse veto. Até porque o governo adotou uma manobra protelatória que impediu essa deliberação. Trata-se de uma apropriação indébita. O Governo está tomando do contribuinte brasileiro 2% que lhe pertence.” 

(Repórter) Com o reajuste proposto pelo governo, ficaria isento quem recebe até mil oitocentos e sessenta e oito reais por mês.
25/02/2015, 08h00 - ATUALIZADO EM 25/02/2015, 08h00
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