Renan e Viana defendem mais diálogo entre governo e base aliada — Rádio Senado

Renan e Viana defendem mais diálogo entre governo e base aliada

LOC: PRESIDENTE DO SENADO, RENAN CALHEIROS, DIZ QUE O PMDB NÃO PODE SER CHAMADO APENAS EM MOMENTOS DE CRISE E PEDE MAIOR PARTICIPAÇÃO DO PARTIDO NAS DECISÕES DO GOVERNO.  

LOC: O SENADOR JORGE VIANA, DO PT DO ACRE, CONCORDA COM A DEMANDA E DIZ QUE O GOVERNO DEVE DIALOGAR MAIS COM A BASE NO CONGRESSO. REPÓRTER JEFFERSON DALMORO. 

TEC: Ao comentar um jantar na residência oficial do vice-presidente da República, Michel Temer, com as bancadas e os ministros do PMDB, o presidente do Senado, Renan Calheiros, de Alagoas, defendeu uma maior participação do partido na elaboração das políticas de governo. Ele destacou que a maior legenda no Congresso Nacional não pode ser chamada pelo Palácio do Planalto apenas nos momentos de crise, numa referência aos apelos do Executivo para que o PMDB apoie as mudanças nas regras de concessão dos benefícios previdenciários e trabalhistas. O governo enfrenta dificuldades para a aprovação das duas medidas provisórias que tratam desses temas. Renan Calheiros declarou que o PMDB não quer cargos, mas ser atuante na elaboração das políticas de governo. 

(RENAN) Espaço o PMDB tem demais, mas não é isso que aprimora, que dá fundamento à coalizão. E é importante aproveitar a circunstância, a oportunidade, a dificuldade de construirmos um melhor modelo de coalizão política para o governo. O PMDB, que é o maior partido, ele precisa cumprir um papel importante, insubstituível na coalizão e não apenas ser chamado nessas horas para fazer ajustes que não tem nem começo, nem meio, nem fim. 

(REPÓRTER) O vice-presidente do Senado, Jorge Viana, do PT do Acre, concorda com a opinião de Renan Calheiros. Viana entende que o PMDB é parte do governo e deve ter uma participação ativa, com uma importância que vai além do período eleitoral. 

(VIANA) Nós também do PT estamos de acordo com o PMDB. Eu acho que quem está no comando da política não pode ter importância somente no período da eleição, tem que ter depois na hora de governar. E acho que o governo da presidenta Dilma está tentando corrigir este processo ouvindo mais e dialogando mais com a base parlamentar no Congresso. 

(REPÓRTER) Renan Calheiros afirmou que o PMDB já avisou o governo que não permitirá que a sociedade “pague a conta” do ajuste fiscal ao defender cortes de gastos. Segundo ele, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, destacou a necessidade de um corte de R$ 80 bilhões.
24/02/2015, 02h52 - ATUALIZADO EM 24/02/2015, 02h52
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