Vanessa destaca papel da Procuradoria na luta contra discriminação da mulher — Rádio Senado

Vanessa destaca papel da Procuradoria na luta contra discriminação da mulher

LOC: A BAIXA PROPORÇÃO DE MULHERES NOS CARGOS POLÍTICOS NO BRASIL DEMONSTRA O QUANTO É DÉBIL A NOSSA DEMOCRACIA, E O TAMANHO DA DÍVIDA QUE O ESTADO BRASILEIRO TEM PARA COM MAIS DA METADE DA POPULAÇÃO.

LOC: A AFIRMAÇÃO É DA SENADORA VANESSA GRAZZIOTIN, QUE FOI RECENTEMENTE RECONDUZIDA AO CARGO DE PROCURADORA ESPECIAL DA MULHER NO SENADO. REPÓRTER NARA FERREIRA: 

TEC: Vanessa Graziottin, do PCdoB do Amazonas, destacou que a Procuradoria da Mulher no Senado é um instrumento institucional de luta contra a discriminação que as mulheres ainda sofrem no País, especialmente na área política. Neste ano, o órgão quer direcionar o trabalho para a inserção feminina na política. Por isso, escolheu a reforma política como principal tema para debate. Nos próximos dias, a Procuradoria da Mulher vai discutir quais propostas deverá abraçar. Vanessa Graziottin explicou que a ideia é firmar uma posição para cada proposição apresentada de alteração no sistema eleitoral.

(VANESSA) analisando o sistema eleitoral de vários países do mundo, a gente percebe que o melhor modelo para as mulheres seria a inclusão da lista fechada de candidatos com alternância, mas no Brasil a nossa realidade não permite porque os partidos políticos, os homens, não são favoráveis a essa proposta. O que decidimos fazer? Para cada modelo que se coloque na mesa, nós teríamos uma proposta das mulheres, para que a gente consiga efetivamente incluir as mulheres. 

(REPÓRTER) No Senado, são treze mulheres num universo de 81 senadores; e, na Câmara, cinquenta e uma entre 513 deputados. Para Vanessa Graziottin, considerando que as mulheres representam mais da metade do eleitorado, esse percentual em torno de 10 por cento nas duas casas do Congresso precisa aumentar. Ela vai defender um sistema de cotas mais eficiente, que chegue efetivamente a 25 ou 30 por cento – a média do continente americano. 

(VANESSA) A lei de cota é do faz de conta...que é a reserva de trinta por cento das candidaturas. Nós precisamos de uma cota de gênero para garantir a participação da mulher na política

(REPÓRTER) Segundo levantamento da Consultoria do Senado, no continente americano, o Brasil está entre os países com menor participação feminina nos parlamentos, ao lado de Haiti e Panamá, por exemplo.
19/02/2015, 00h29 - ATUALIZADO EM 19/02/2015, 00h29
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