Oposição deve pedir criação de nova CPI da Petrobras nos próximos dias — Rádio Senado

Oposição deve pedir criação de nova CPI da Petrobras nos próximos dias

LOC: GRAÇA FOSTER E CINCO DIRETORES DA PETROBRÁS RENUNCIARAM A SEUS CARGOS NESTA QUARTA-FEIRA. 

LOC: NO SENADO, OPOSIÇÃO PRETENDE APRESENTAR NOS PRÓXIMOS DIAS REQUERIMENTO PARA INSTALAÇÃO DE UMA COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO PARA INVESTIGAR A ESTATAL. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. 

(Repórter) Na Câmara, o número de assinaturas necessárias para a instalação de uma nova CPI da Petrobrás já foi alcançado. No Senado, a oposição está colhendo os apoios para garantir uma Comissão Mista. O senador José Agripino, do Democratas do Rio Grande do Norte, acredita que não haverá dificuldades em conseguir as 27 assinaturas necessárias. 

(José Agripino) “Já tinha sido iniciada na legislatura passada, e esse é um assunto que, na minha opinião, pela evidência dos fatos, rapidamente se completará. É inevitável se obter o número de assinaturas no Senado assim como na Câmara já foi obtido."  

(Repórter) De acordo com o senador Ronaldo Caiado, do Democratas de Goiás, a intenção é que o pedido de CPI seja feito já nos próximos dias. Ele acredita que, embora os parlamentares da base do Governo permaneçam sendo maioria no Congresso, uma nova CPI Mista possa surtir mais efeitos do que a instalada em 2014. 

(Ronaldo Caiado) “A diferença são várias. Primeiro porque no período desse interstício entre o final de uma legislatura e o início da outra, tantos fatos vieram a tona. Nós não tínhamos uma noção do prejuízo que a Petrobrás teve com corrupção, com má gestão. Oitenta e oito bilhões de reais.” 

(Repórter) A oposição afirmou, ainda, que a saída da presidente da Petrobrás, Graça Foster, e de cinco diretores da estatal não deve influenciar na abertura da CPI Mista. Já o líder do PT no Senado, Humberto Costa, de Pernambuco, é contra a iniciativa. Ele acredita que a mudança na presidência da estatal pode ajudar na recuperação de credibilidade e na solução da crise. 

(Humberto Costa) “Do ponto de vista do próprio contexto político, a saída dela pode ajudar a, não a resolver a crise, mas a recuperar fortemente a credibilidade da empresa por conta de novas condições política que são criadas com um novo gestor.” 

(Repórter) A CPI mista que investigou denúncias de corrupção na Petrobras foi instaurada em maio do ano passado e encerrou os trabalhos em dezembro.
04/02/2015, 07h36 - ATUALIZADO EM 04/02/2015, 07h36
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