Falta de acordo adia eleição dos demais cargos da Mesa para esta quarta — Rádio Senado

Falta de acordo adia eleição dos demais cargos da Mesa para esta quarta

LOC: A FALTA DE ACORDO ENTRE OS PARTIDOS ADIA PARA ESTA QUARTA-FEIRA A ELEIÇÃO PARA OS DEMAIS CARGOS DA MESA DIRETORA DO SENADO.  

LOC: SE NÃO HOUVER CONSENSO, A ESCOLHA SERÁ DECIDIDA NO VOTO EM PLENÁRIO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

(Repórter) Assim como a presidência do Senado, os demais dez cargos da Mesa Diretora devem ser preenchidos de acordo com o tamanho das bancadas. O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, explicou que o adiamento da eleição do restante da Mesa, que vem desde domingo, se deve à falta de acordo entre os partidos. Segundo ele, o lançamento da candidatura do senador Luiz Henrique, do PMDB de Santa Catarina à presidência do Senado abriu um precedente para a indicação dos demais cargos da Mesa. 

(Renan Calheiros) A dificuldade é que há uma pulverização de candidaturas para todos os cargos estimuladas pela tentativa da quebra da proporcionalidade. Mas estou trabalhando e sou um otimista. 

(Repórter) O vice-líder do Bloco União e Força, senador Blairo Maggi, do PR de Mato Grosso, não descarta indicar o senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, para a 4ª Secretaria. Segundo ele, o acordo sairá se alguns partidos abrirem mão de cargos. 

(Blairo Maggi) O impasse é que o PMDB e o PT deveriam abrir mão de vagas na Mesa. Isso daria para trazer os doze partidos para dentro a Mesa. Mas eles não querem abrir mão e nós também não abrimos mão. Acho que devemos ir a voto. 

(Repórter) O indicado do PT para a 1ª vice-presidência, senador Jorge Viana do Acre, ainda aposta num acordo para evitar uma disputa entre os partidos pelos cargos da Mesa. 

(Jorge Viana) Já tivemos a eleição de presidente e agora é hora de termos a pacificação da composição da Mesa. Penso que é possível. Mas terá que haver um esforço de um ou dois partidos de cederem os espaços e se acomodarem em outros espaços na Casa. 

(Repórter) O senador José Agripino, do Democratas do Rio Grande do Norte, avalia que as conversas até o início da eleição marcada para a tarde desta quarta-feira poderão resultar num acordo. 

(José Agripino) Não são pontos insuperáveis. São questões políticas e acho que a conversa política acabará mais uma vez por equacionar divergências e estabelecer consensos. 

(Repórter) Se não houver acordo, os candidatos vão ser escolhidos no voto. Pela proporcionalidade partidária, além da presidência, cabe ao PMDB a 2ª vice-presidência e uma suplência. O PT ficará com a 1ª vice-presidência e 2ª Secretaria. O PSDB comandará a 1ª Secretaria, o PSB, a 3ª e o PDT, a 4ª. As demais três suplências serão disputadas pelo DEM, PP, PSD, PR e PTB.
03/02/2015, 08h22 - ATUALIZADO EM 03/02/2015, 08h22
Duração de áudio: 02:24
Ao vivo
00:0000:00