Cristovam Buarque afirma que veto em correção na tabela do IR é incongruente — Rádio Senado

Cristovam Buarque afirma que veto em correção na tabela do IR é incongruente

LOC: AO INVÉS DE ANUNCIAR UMA CORREÇÃO DE 6,5 % NA TABELA DO IMPOSTO DE RENDA, O GOVERNO ANUNCIOU UM AUMENTO GENERALIZADO EM DIVERSOS IMPOSTOS. 

LOC: A PRESIDENTE DILMA ROUSSEF VETOU A CORREÇÃO DA TABELA DO IMPOSTO DE RENDA E ATRAVÉS DO MINISTRO DA FAZENDA, JOAQUIM LEVY, ANUNCIOU AUMENTOS NOS COMBUSTÍVEIS, NA IMPORTAÇÃO, NOS COSMÉTICOS E NOS EMPRÉSTIMOS.

TÉC: A presidente Dilma Rousseff vetou a correção de 6,5% na tabela do Imposto de Renda, que estava na MP 656, aprovada pelo Congresso. O Planalto justificou que o reajuste traria uma renúncia fiscal de 7 bilhões de reais, sem indicar os meios de compensação. Ao mesmo tempo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou o aumento das alíquotas do IOF sobre os empréstimos pessoais, do PIS-COFINS para importação e para os combustíveis, assim como a volta da CIDE. Além disso, ainda aumentou o IPI sobre os produtos cosméticos. O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, economista de formação, afirma que o governo apenas acena em corrigir a tabela do Imposto de Renda pelos valores mais baixos.  

(Cristovam Buarque) No que se refere à correção da tabela, existe uma clara incongruência. A inflação foi de 6,5 A meta que o governo não cumpriu era de 4,5. E agora eles fazem o reajuste de 4,5 como se tivessem cumprido a meta que não cumpriu. 

(Repórter) Outra coisa que preocupa o senador Cristovam é que pessoas de rendas mais baixas que não pagavam imposto de renda passarão a pagar. 

(Cristovam Buarque) É um sacrifício a mais nessa camada que paga imposto de renda e que vai pagar imposto de renda corrigido abaixo da inflação. Eles vão sacrificar as camadas mais pobres, as camadas que não são miseráveis que não são paupérrimas, mas estão ali, abaixo da classe média e que não pagam imposto e agora vão pagar imposto.  

(Repórter) Os vetos presidenciais na MP-656, incluindo o que impediu a correção da tabela do imposto de renda, deverão ser examinados pelo novo Congresso, que tomará posse no dia 1º de fevereiro, que poderá mantê-los ou derrubá-los. 
20/01/2015, 11h20 - ATUALIZADO EM 20/01/2015, 11h20
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