Novo piso para professores da rede pública preocupa Cristovam Buarque — Rádio Senado

Novo piso para professores da rede pública preocupa Cristovam Buarque

LOC: O GOVERNO FEDERAL ANUNCIOU NESTA TERÇA-FEIRA O NOVO PISO SALARIAL DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA, COM AUMENTO DE 13 POR CENTO.

LOC: O NOVO VALOR PREOCUPA, NO ENTANTO, O SENADOR CRISTOVAM BUARQUE, QUE DIZ QUE MUITOS ESTADOS E MUNICÍPIOS JÁ NÃO CONSEGUIAM PAGAR O PISO ANTIGO. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. 

TÉC: O novo piso salarial vale para os professores que trabalham 40 horas por semana e começa a ser pago já em fevereiro. O salário subiu 13,01%, passando de 1.697 reais para 1.917. A lei determina que a correção tenha como base o valor anual mínimo por aluno definido pelo Fundeb, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. No entanto, a Confederação Nacional dos Municípios se manifestou contra o novo piso, argumentando que o aumento do salário tem sido muito superior à inflação e ao crescimento das receitas municipais. Segundo a CNM, as cidades terão que gastar sete bilhões de reais para se adequar. O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, alerta que mesmo com o piso antigo, de 1.697 reais, a maior parte dos estados e prefeituras já descumpria a regra. Por isso, a solução para garantir um pagamento digno e ao mesmo tempo desafogar os municípios seria passar essa responsabilidade para o governo federal. 

(Cristovam Buarque) Claro que nem dois mil reais não é um salário satisfatório. Ainda estamos muito longe disso. A minha maior preocupação é que muitos municípios e estados não vão conseguir pagar esse valor. Por isso, como autor do projeto de lei que deu origem ao piso nacional do salário, eu também dei entrada num projeto de lei pelo qual o governo federal pagaria o piso salarial dos professores. Os estados pagariam um valor acima do piso. 

(Repórter) No último Dia do Professor, Cristovam citou um levantamento que mostrava que apenas sete estados cumpriam rigorosamente o que determina a lei: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Piauí. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, que participou da definição do piso com o novo ministro da Educação, Cid Gomes, defende que o reajuste é necessário para cumprir o Plano Nacional de Educação, que tem entre suas metas a equiparação do rendimento médio dos professores ao dos demais profissionais com a mesma escolaridade até o fim de 2020.
07/01/2015, 00h54 - ATUALIZADO EM 07/01/2015, 00h54
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