Projeto obriga empresas a concederem bolsas de estudo a funcionários — Rádio Senado

Projeto obriga empresas a concederem bolsas de estudo a funcionários

LOC: AS EMPRESAS COM MAIS DE CEM EMPREGADOS SERÃO OBRIGADAS A OFERECER UMA BOLSA DE ESTUDOS PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE SEUS FUNCIONÁRIOS OU DE SEUS FILHOS.

LOC: É O QUE DETERMINA UM PROJETO QUE ESTÁ PRONTO PARA SER VOTADO NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO SENADO. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. 

TÉC: O projeto inicial, apresentado pelo senador Paulo Paim em 2007, previa que empresas com mais de 100 funcionários pagassem cursos técnicos e profissionalizantes para os dependentes dos seus empregados. Durante análise nas comissões de Assuntos Econômicos e de Educação, recebeu emendas para evitar que a medida acabe prejudicando os próprios trabalhadores. Um dos temores era que a iniciativa aumentasse os gastos operacionais, e o patrão passasse a evitar contratar trabalhadores que têm filhos. A relatora, Ângela Portela, do PT de Roraima, sugere que todos os custos sejam deduzidos das contribuições sociais do Pis/Pasep. A senadora defende ainda a ampliação do programa, para incluir a oferta de cursos superiores e também o acesso dos próprios funcionários. 

(Angela Portela) Outra questão diz respeito à concessão de bolsas aos empregados, e não apenas aos seus dependentes. Afinal, a ampliação de oportunidades educacionais gera perspectivas de aumento da expertise profissional interna e, assim, da produtividade da empresa e dos rendimentos dos empregados. No mais, uma vez incluídos os empregados, a medida teria a vantagem adicional de beneficiar os trabalhadores sem dependentes, que não são poucos. 

(Repórter) Paim, que é senador pelo PT do Rio Grande do Sul, destacou que ele mesmo foi beneficiário de um programa como esse. 

(Paulo Paim) Esse projeto é fruto da minha própria história. Eu só consegui fazer o meu curso técnico porque havia uma norma, na época, que permitia que toda empresa com cada 100 funcionários, doasse o correspondente a um salário mínimo, não lembro bem, se era 75%, para cada filho de operário daquela empresa. 

(Repórter) Paim destacou ainda que o custo para os empregadores será zero e que para a União será baixo, pois será oferecida uma bolsa para cada 100 trabalhadores. O programa deve dar prioridade aos que ganham os menores salários. O projeto é terminativo na Comissão de Educação, por isso se for aprovado segue diretamente para a Câmara dos Deputados.
06/01/2015, 01h56 - ATUALIZADO EM 06/01/2015, 01h56
Duração de áudio: 01:52
Ao vivo
00:0000:00