Diploma Bertha Lutz pode ser estendido também aos homens — Rádio Senado

Diploma Bertha Lutz pode ser estendido também aos homens

LOC: O DIPLOMA BERTHA LUTZ, CONCEDIDO ANUALMENTE PELO SENADO PARA MULHERES QUE SE DESTACARAM NA LUTA PELA IGUALDADE DE GÊNERO, PODE SER ESTENDIDO TAMBÉM AOS HOMENS. 

LOC: É O QUE PREVÊ UM PROJETO DE RESOLUÇÃO APROVADO PELA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. 

TÉC: Desde 2001, o Senado entrega todos os anos o Diploma Bertha Lutz a cinco mulheres que contribuíram para a defesa dos direitos da mulher e para a igualdade de gênero. O prêmio é entregue em sessão especial do Senado durante as comemorações do Dia Internacional da Mulher – 8 de março. Já receberam o diploma a fundadora da Pastoral da Criança, a já falecida Zilda Arns; a presidente Dilma Rousseff, por ter sido a primeira presidente da República; e a ex-senadora Emília Fernandes, que foi quem sugeriu a criação do diploma. A mudança proposta pela senadora Vanessa Grazziotin pode permitir que homens que se destacarem por trabalhar pela igualdade de gênero sejam premiados. A senadora do PCdoB do Amazonas defende que é preciso reconhecer que as mulheres não estiveram sozinhas nas conquistas. O relator, Inácio Arruda, do PCdoB do Ceará, acredita que a inclusão dos homens vai estimular ainda mais as ações em prol da igualdade. 

(Inácio Arruda) Para que as conquistas alcançadas até hoje pelas mulheres pudessem se materializar, foi preciso – porque este Parlamento é majoritariamente masculino – então para que estas conquistas pudessem se materializar, as mulheres tiveram que ter o concurso de homens que foram capazes de compreender e assumir as suas proposições. E fora do Parlamento foram inúmeros os homens que se destacaram na defesa dos direitos das mulheres, isso na área do Direito, na área da saúde, na área da assistência social e na área religiosa. 

(Repórter) O senador sugeriu, no entanto, que a homenagem aos homens seja restrita, para evitar situações de exclusão das mulheres na premiação pela luta de seus próprios direitos. Assim, das cinco vagas, pelos menos quatro deverão ser destinadas a mulheres. O Projeto de Resolução vai ser analisado em seguida pela Comissão de Constituição e Justiça.
22/12/2014, 03h50 - ATUALIZADO EM 22/12/2014, 03h50
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