CDH debate surto de Ebola na África Ocidental — Rádio Senado

CDH debate surto de Ebola na África Ocidental

LOC: O SURTO DO VÍRUS EBOLA NA ÁFRICA OCIDENTAL SEGUE COMO PREOCUPAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE E DE DIVERSOS GOVERNOS AFRICANOS. 

LOC: E A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO DEBATEU O ASSUNTO NA ÚLTIMA TERÇA-FEIRA. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. 

(Repórter) A audiência pública que debateu o surto de ebola foi solicitada pelos senadores Eduardo Suplicy, do PT de São Paulo, e Paulo Paim, do PT gaúcho. No início da audiência, o senador Paim leu um relatório com dados da mortalidade da doença até outubro: 

(Paulo Paim) O último balanço da Organização Mundial da Saúde, divulgado em 31 de outubro passado, indica que essa epidemia do Ebola infectou 13.567 pessoas. E causou até o momento em torno de 5 mil mortos, desde o início do ano. Os países mais afetados são Libéria, Serra Leoa, Guiné-Bissau, Guiné-Conacri, mas também já houve casos na Espanha, nos Estados Unidos, em Mali, na Nigéria e no Senegal. 

(Repórter) O Ebola é uma doença causada por um vírus que mata em torno de 90 pessoas em cada 100 infectadas. Descoberto em 1976, há a suspeita de que possa ser transmitido aos humanos por morcegos, por meio da urina e das fezes. Pela sua alta capacidade de contágio, seja por espirros, saliva, urina, sangue e fezes, a fiscalização das fronteiras torna-se importante para impedir que a doença entre no Brasil. O representante do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, mostrou uma relação entre a pobreza e as guerras civis com o Ebola: 

(Cláudio Maierovitch) Nós temos, desde o início da epidemia, acompanhado passo a passo o que está acontecendo, aquilo que diz respeito ao Brasil como risco e aquilo que o Brasil pode fazer como cooperação internacional, como atitude solidária com os países afetados. Estão entre os países mais pobres do mundo, os países que têm menos estrutura para enfrentar adversidades, e que têm, ao longo de sua história recente, guerras civis.. São sistemas de saúde, quando não inexistentes, completamente desestruturados. 

(Repórter) O Ebola também ataca animais aparentados com os seres humanos, como gorilas, chipanzés e bonobos. Em novembro, centros de pesquisas norte-americanos e ingleses anunciaram avanços no desenvolvimento de uma vacina.
18/12/2014, 04h57 - ATUALIZADO EM 18/12/2014, 04h57
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