Comissões debatem recomendações da Comissão Nacional da Verdade
LOC: AS COMISSÕES DE DIREITOS HUMANOS DA CÂMARA E DO SENADO DEBATERAM AS RECOMENDAÇÕES DO RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE.
LOC: A REUNIÃO ACONTECEU NESTA QUINTA-FEIRA E TEVE A PRESENÇA DE FAMILIARES DE VÍTIMAS DA DITADURA MILITAR. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI.
(Repórter) As comissões de Direitos Humanos do Senado e da Câmara dos Deputados debateram as recomendações do relatório final da Comissão Nacional da Verdade divulgado nesta quarta-feira, dia 10. O texto listou 377 pessoas acusadas de participarem de torturas e mortes e 434 mortos ou desaparecidos. A audiência pública teve a participação de representantes das famílias de desaparecidos da ditadura militar e membros das diversas Comissões Estaduais da Verdade. A CNV investigou as violações dos direitos humanos no Brasil de 1946 a 1988 e funcionou por dois anos. O senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, que presidiu a sessão, destacou os avanços sociais conseguidos desde o fim do Regime Militar e a redemocratização do país.
(João Capiberibe) O Brasil melhorou muito.O Brasil da democracia é outro país. Os dados mostram que quando você se debruça na evolução da queda da mortalidade infantil e da expectativa de vida, a gente observa que no Brasil da democracia nós tivemos um avanço significativo.E eu tenho certeza que qualquer tentativa de golpe redundaria evidentemente numa guerra civil. Não tem como! Não cabe mais. Não tem a menor possibilidade de se aceitar.
(Repórter) O coordenador na Comissão Nacional da Verdade, Pedro Dalari, fez um resumo do relatório final da comissão, onde destacou alguns pontos que considerou emblemáticos e que mostram centenas de casos de violações de direitos humanos na ditadura militar:
(Pedro Dalari) Quanto mais o relatório trabalha no universo dos fatos, mais consistente ele é. Alguns casos que têm importância até pra entender a estrutura da repressão: o atlas do terror, instituições e locais associados a graves violações de direitos humanos. Por exemplo, é o caso do Rio Centro, a Guerrilha do Araguaia, a Casa da Morte de Petrópolis e a Operação Condor e os Navios-Prisões, que é um episódio pouco conhecido. Depois, o que está dando mais atenção: a autoria das graves violações de direitos humanos.
(Repórter) O relatório final da Comissão Nacional da Verdade pode ser acessado pelo site WWW.CNV.GOV.BR . A audiência conjunta marcou o enceramento, no Congresso Nacional, das comemorações dos 66 anos de promulgação da Declaração Universal Direitos Humanos pela assembleia-geral da Organização das Nações Unidas.
LOC: AINDA DURANTE A AUDIÊNCIA, FORAM LANÇADOS DOIS LIVROS SOBRE O PERÍODO DA DITADURA MILITAR.
LOC: BRADO RETUMBANTE, ESCRITO POR PAULO MARKUM E UM HOMEM TORTURADO - NOS PASSOS DE FREI TITO DE ALENCAR, DE LENEIDE DUARTE PLON E CLARISSE MEIRELLES.
LOC: A REUNIÃO ACONTECEU NESTA QUINTA-FEIRA E TEVE A PRESENÇA DE FAMILIARES DE VÍTIMAS DA DITADURA MILITAR. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI.
(Repórter) As comissões de Direitos Humanos do Senado e da Câmara dos Deputados debateram as recomendações do relatório final da Comissão Nacional da Verdade divulgado nesta quarta-feira, dia 10. O texto listou 377 pessoas acusadas de participarem de torturas e mortes e 434 mortos ou desaparecidos. A audiência pública teve a participação de representantes das famílias de desaparecidos da ditadura militar e membros das diversas Comissões Estaduais da Verdade. A CNV investigou as violações dos direitos humanos no Brasil de 1946 a 1988 e funcionou por dois anos. O senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, que presidiu a sessão, destacou os avanços sociais conseguidos desde o fim do Regime Militar e a redemocratização do país.
(João Capiberibe) O Brasil melhorou muito.O Brasil da democracia é outro país. Os dados mostram que quando você se debruça na evolução da queda da mortalidade infantil e da expectativa de vida, a gente observa que no Brasil da democracia nós tivemos um avanço significativo.E eu tenho certeza que qualquer tentativa de golpe redundaria evidentemente numa guerra civil. Não tem como! Não cabe mais. Não tem a menor possibilidade de se aceitar.
(Repórter) O coordenador na Comissão Nacional da Verdade, Pedro Dalari, fez um resumo do relatório final da comissão, onde destacou alguns pontos que considerou emblemáticos e que mostram centenas de casos de violações de direitos humanos na ditadura militar:
(Pedro Dalari) Quanto mais o relatório trabalha no universo dos fatos, mais consistente ele é. Alguns casos que têm importância até pra entender a estrutura da repressão: o atlas do terror, instituições e locais associados a graves violações de direitos humanos. Por exemplo, é o caso do Rio Centro, a Guerrilha do Araguaia, a Casa da Morte de Petrópolis e a Operação Condor e os Navios-Prisões, que é um episódio pouco conhecido. Depois, o que está dando mais atenção: a autoria das graves violações de direitos humanos.
(Repórter) O relatório final da Comissão Nacional da Verdade pode ser acessado pelo site WWW.CNV.GOV.BR . A audiência conjunta marcou o enceramento, no Congresso Nacional, das comemorações dos 66 anos de promulgação da Declaração Universal Direitos Humanos pela assembleia-geral da Organização das Nações Unidas.
LOC: AINDA DURANTE A AUDIÊNCIA, FORAM LANÇADOS DOIS LIVROS SOBRE O PERÍODO DA DITADURA MILITAR.
LOC: BRADO RETUMBANTE, ESCRITO POR PAULO MARKUM E UM HOMEM TORTURADO - NOS PASSOS DE FREI TITO DE ALENCAR, DE LENEIDE DUARTE PLON E CLARISSE MEIRELLES.