Crise no setor energético já consumiu mais de R$ 100 bilhões desde 2012
LOC: A CRISE NO SETOR ENERGÉTICO BRASILEIRO JÁ CONSUMIU MAIS DE 100 BILHÕES DE REAIS DESDE 2012. E NO ANO QUE VEM HÁ UM RISCO DE 19% DE RACIONAMENTO DE ELETRICIDADE.
LOC: OS DADOS FORAM DIVULGADOS NESTA QUARTA-FEIRA PELO SENADOR FERNANDO COLLOR. ELE PRESIDIU A ÚLTIMA REUNIÃO DO ANO DA COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA DO SENADO. O REPÓRTER FLORIANO FILHO TRAZ OS DETALHES:
(Repórter) O senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, abriu a última reunião do ano com informações sobre o impacto mundial da queda no preço do barril de petróleo. Ele lembrou que a desaceleração na economia europeia e japonesa reduziu a demanda por petróleo. Mas os Estados Unidos, onde a economia está em recuperação, produzem cada vez mais petróleo de xisto. A situação gera incertezas para a exploração do pré-sal brasileiro, mas os países mais afetados são os grandes produtores. Collor lembrou a situação da Venezuela, que corre o risco de ficar insolvente.
(Fernando Collor) A Venezuela tem tido agravados os seus problemas em relação às reservas em moeda forte, podendo chegar mesmo a um default.
(Repórter) No Brasil, o presidente da Comissão mostrou preocupação com a crise energética. Ele mencionou estudos que criticam o atual modelo de planejamento elétrico e levantam uma probabilidade de 19% de racionamento em 2015. Os reservatórios das hidrelétricas estão baixos e os leilões de energia têm sido insuficientes para atender à demanda. As novas políticas do governo para o setor causaram rombos que em 2015 devem chegar a 35 bilhões de reais. Desde 2012 o prejuízo total passa dos 100 bilhões. Para este ano as distribuidoras ainda precisam de mais 3 bilhões para fechar as contas. Provavelmente será preciso aumentar tarifas para cobrir a defasagem.
(Fernando Collor) Se o governo autorizar a partir de janeiro as bandeiras tarifárias, só na Light o aumento de tarifas seria de 8%. O setor elétrico está doente.
(Repórter) Durante a reunião, também foram aprovadas propostas do primeiro Fórum Nacional de Infraestutura que se transformaram em projetos da Comissão de Infraestrutura do Senado. Eles incluem o uso da contribuição sobre combustíveis para o transporte público, descontos tarifários para pequenas hidrelétricas, mineração em áreas de fronteira e o fim de restrições ao capital estrangeiro nas companhias aéreas brasileiras.
LOC: OS DADOS FORAM DIVULGADOS NESTA QUARTA-FEIRA PELO SENADOR FERNANDO COLLOR. ELE PRESIDIU A ÚLTIMA REUNIÃO DO ANO DA COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA DO SENADO. O REPÓRTER FLORIANO FILHO TRAZ OS DETALHES:
(Repórter) O senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, abriu a última reunião do ano com informações sobre o impacto mundial da queda no preço do barril de petróleo. Ele lembrou que a desaceleração na economia europeia e japonesa reduziu a demanda por petróleo. Mas os Estados Unidos, onde a economia está em recuperação, produzem cada vez mais petróleo de xisto. A situação gera incertezas para a exploração do pré-sal brasileiro, mas os países mais afetados são os grandes produtores. Collor lembrou a situação da Venezuela, que corre o risco de ficar insolvente.
(Fernando Collor) A Venezuela tem tido agravados os seus problemas em relação às reservas em moeda forte, podendo chegar mesmo a um default.
(Repórter) No Brasil, o presidente da Comissão mostrou preocupação com a crise energética. Ele mencionou estudos que criticam o atual modelo de planejamento elétrico e levantam uma probabilidade de 19% de racionamento em 2015. Os reservatórios das hidrelétricas estão baixos e os leilões de energia têm sido insuficientes para atender à demanda. As novas políticas do governo para o setor causaram rombos que em 2015 devem chegar a 35 bilhões de reais. Desde 2012 o prejuízo total passa dos 100 bilhões. Para este ano as distribuidoras ainda precisam de mais 3 bilhões para fechar as contas. Provavelmente será preciso aumentar tarifas para cobrir a defasagem.
(Fernando Collor) Se o governo autorizar a partir de janeiro as bandeiras tarifárias, só na Light o aumento de tarifas seria de 8%. O setor elétrico está doente.
(Repórter) Durante a reunião, também foram aprovadas propostas do primeiro Fórum Nacional de Infraestutura que se transformaram em projetos da Comissão de Infraestrutura do Senado. Eles incluem o uso da contribuição sobre combustíveis para o transporte público, descontos tarifários para pequenas hidrelétricas, mineração em áreas de fronteira e o fim de restrições ao capital estrangeiro nas companhias aéreas brasileiras.
