Medida provisória corrige tabela do IR, mas oposição quer reajuste maior — Rádio Senado

Medida provisória corrige tabela do IR, mas oposição quer reajuste maior

LOC: PARA ASSEGURAR A CORREÇÃO DA TABELA DO IMPOSTO DE RENDA, NOVA MEDIDA PROVISÓRIA SERÁ EDITADA NESTE MÊS. 

LOC: A OPOSIÇÃO AVISOU QUE BRIGARÁ POR UM REAJUSTE MAIOR DO QUE OS QUATRO E MEIO POR CENTO PROPOSTOS PELO GOVERNO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

TÉC: Após conversas com a presidente Dilma Rousseff, o líder do PMDB, senador Eunício Oliveira do Ceará, anunciou que será editada novamente a medida provisória que vai reduzir a mordida do leão no contracheque. Em maio deste ano, uma MP corrigiu em 4,5% a tabela do Imposto de Renda. Mas o benefício perdeu validade por não ter sido aprovado pelo Congresso Nacional devido ao período eleitoral. Ao lembrar que não é permitida a edição de uma nova medida provisória com o mesmo teor no mesmo ano legislativo, Eunício Oliveira afirmou que o desconto na tabela será garantido por meio de outra MP publicada no Diário Oficial da União após o início do recesso parlamentar. 

(Eunício) A presidenta da República disse que era um compromisso dela corrigir a tabela. O nosso ano legislativo termina no dia 22 de dezembro. Então, depois do dia 22, a presidenta pode emitir uma nova medida provisória. Esse é o compromisso da área econômica de fazer essa correção da tabela já pode já valendo a partir do dia primeiro de janeiro. 

REPÓRTER: Por ser medida provisória, a correção de 4,5% já estará valendo a partir de janeiro. Mesmo assim o líder do Democratas, senador José Agripino Maia, do Rio Grande do Norte, avisou que a oposição vai tentar aprovar um reajuste maior do que o proposto pelo governo. Ele lembrou que a inflação fechará acima do teto da meta da equipe econômica. 

(Agripino) Esse reajuste sugerido de 4,5% é uma compressão a mais sobre o contribuinte de classe média. Vamos no mínimo fazer justiça com a correção da inflação. E a inflação não ficou em 4,5%, que era a meta do governo que não conseguiu e deu 6,5%. Tem que, portanto, corrigir a tabela do governo pela inflação, que foi de 6,5%. 

REPÓRTER: Pela proposta do governo, quem ganha até R$ 1.868,22 ficará livre do desconto do imposto. Acima desse valor até 2.799,86, pagará 7,5%. Os salários acima desse montante terão uma retenção de 15; 22,5 e 27,5%. Pelo calendário da Receita Federal, a declaração do Imposto de Renda começará a ser entregue em março.
08/12/2014, 00h15 - ATUALIZADO EM 08/12/2014, 00h15
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