Congresso deve retomar debates sobre uso racional da água — Rádio Senado

Congresso deve retomar debates sobre uso racional da água

LOC: O SISTEMA CANTAREIRA, QUE ABASTECE A MAIOR CIDADE DO BRASIL E DA AMÉRICA DO SUL, BAIXOU NESTA SEMANA PARA O MENOR NÍVEL DA HISTÓRIA: 3,5% DA CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO. 

LOC: O USO RACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS SERÁ UM DOS TEMAS EM FOCO NO CONGRESSO NACIONAL APÓS AS ELEIÇÕES DESTE DOMINGO. REPÓRTER NARA FERREIRA: 

TÉC: A falta de água na maior cidade do País, a estiagem em diversas regiões, como no semi-árido nordestino, e a busca por soluções para evitar o racionamento trouxeram ao Senado em junho o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas, Vicente Guillo, e o secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, Irani Ramos. Em audiência na Comissão de Infraestrutura, eles já advertiram que as dificuldades poderiam se agravar neste ano e em 2015 devido à pouca chuva, e também por falta de regulação adequada e de atrasos na execução de obras de infraestrutura. O presidente da ANA apontou ainda a dificuldade de interligação entre rios e reservatórios estaduais e federais. Sobre o semiárido nordestino, o secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, Irani Ramos afirmou que a grande obra para garantir a segurança hídrica é a transposição do Rio São Francisco – que, segundo ele, deve ser finalizada no final de 2015. O senador Jorge Viana, do PT do Acre, destacou a importância de o Congresso discutir a crise no abastecimento de água. Ele classificou de grave a escassez em São Paulo. Mas lembrou que não se trata de um problema exclusivo da maior cidade do País, porque se repete em outras regiões. 

(JORGE VIANA) O Brasil vai ter que compartilhar um pouco os problemas e as soluções dos problemas. Esse é um grande debate a ser feito aqui, especialmente no Senado, a casa da Federação. 

(REP) O senador Kaká Andrade, do PDT de Sergipe, apresentou requerimento no Plenário, solicitando à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, informações sobre a situação dos reservatórios de água ao longo do São Francisco. 

(KÁKÁ ANDRADE) O combate a desertificação pode e deve ser um processo coletivo em que o governo e a sociedade se auxiliem mutuamente por meio da busca por objetivos comuns e do compartilhamento de conhecimentos, obrigações, vivências e responsabilidades. 

(REPÓRTER) Kaká Andrade lembrou que o Brasil é signatário da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação.
22/10/2014, 11h59 - ATUALIZADO EM 22/10/2014, 11h59
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