Paim preocupa-se com mortandade de abelhas devido a agrotóxicos — Rádio Senado

Paim preocupa-se com mortandade de abelhas devido a agrotóxicos

LOC: O SENADOR PAULO PAIM, DO PT DO RIO GRANDE DO SUL, ESTÁ PREOCUPADO COM A MORTANDADE DE ABELHAS POR CAUSA DO USO DE AGROTÓXICOS. 

LOC: PAIM ALERTA PARA OS PREJUÍZOS A AGRICULTURA CASO ACONTEÇA O DESAPARECIMENTO DESTES INSETOS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. 

(Repórter) O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, alertou para uma catástrofe ambiental que está chegando ao Brasil: a destruição de colmeias e o desaparecimento das abelhas. O uso de agrotóxicos para combater pragas nas lavouras está matando também milhões de abelhas. Como efeito colateral, as culturas de maçã, laranja, tangerina, acerola, mirtilo, manga, abacate, tomate e pepino, entre outras, correm risco de desaparecer pela ausência de abelhas. Uma abelha pode polinizar até 40 mil flores por dia e seu desaparecimento vai prejudicar essas plantações. O senador Paulo Paim citou estudos da UNESP de Rio Claro, em São Paulo, confirmando casos de mortandade maciça de colmeias: 

(Paulo Paim) O comportamento das abelhas também é o foco de vários estudos conduzidos por um grupo de 20 pesquisadores, sob a coordenação do professor Osmar Malaspina, do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista. Entre estes estudos, encontra-se relação entre agrotóxicos e abelhas. 

(Repórter) O uso de duas famílias de agrotóxicos estaria diretamente ligado à mortalidade das abelhas: o Fosfonometil-Glicina, mais conhecido com Glisfosato, presente em mais de 20 herbicidas usados para eliminar matos, e o Clorpirifós, presente em mais de 70 inseticidas usados em lavouras de soja, café e feijão. A secretaria do meio ambiente do município paulista de Gavião Peixoto, na região de Araraquara, analisou colmeias eliminadas e encontrou estes compostos em todas as amostras examinadas. Paulo Paim explica a importância das abelhas para os humanos: (PAIM 0:20): Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais 4 anos de existência. Sem as abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais será o fim da raça humana. 

(Repórter) Somente na região da cidade de Gavião Peixoto, a 309 quilômetros de São Paulo, mais de 4 milhões de abelhas morreram entre janeiro e fevereiro de 2014, comprometendo diversas culturas de frutas. A Universidade Federal de São Carlos, também está pesquisando os efeitos dos agrotóxicos nas abelhas em conjunto com a UNESP. 
09/10/2014, 06h02 - ATUALIZADO EM 09/10/2014, 06h02
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