Senador cobra votação de projeto que proíbe doação de pessoa jurídica
LOC: O VICE-PRESIDENTE DO SENADO COBRA DO PLENÁRIO A VOTAÇÃO DO PROJETO QUE PROÍBE A DOAÇÃO DE EMPRESAS PARA POLÍTICOS.
LOC: O SENADOR JORGE VIANA DO PT DO ACRE ALERTA QUE APENAS A PRESSÃO POPULAR FARÁ O CONGRESSO NACIONAL VOTAR UMA REFORMA POLÍTICA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) Até meados de setembro, os comitês de campanha receberam mais de R$ 1 bilhão em contribuições de pessoas jurídicas e físicas num total de 29 mil doadores. Segundo dados da Justiça Eleitoral, apenas 19 empresas doaram R$ 522 milhões para os candidatos. Contrário à participação da iniciativa privada nas eleições, o vice-presidente do Senado, Jorge Viana, do PT do Acre, defendeu a aprovação do financiamento público de campanha. Ele argumenta que o modelo atual beneficia os empresários que têm as doações devolvidas em forma de contratos com os governos. Jorge Viana citou ainda que a legislação vigente facilita o caixa dois de campanha.
(Jorge Viana) O poderio econômico ainda está mandando. Certamente, passada essa eleição, vai se comprovar que o caixa dois cresceu. Isso suprapartidariamente. Isso é um péssimo para o País. Enquanto tivermos a influência do dinheiro na condução das eleições, teremos eleições com cartas marcadas. Eleição não é para fazer com dinheiro, é para fazer com proposta. E aí quem tem mais estrutura fica com mais condição de ter mais votos. Isso é um equívoco.
(Repórter) Uma proposta que proíbe a doação de empresas para campanhas eleitorais já está pronta para ser votada pelo Plenário do Senado. A autora é a senadora Vanessa Grazziotin do PC do B do Amazonas. Mas não há consenso porque alguns senadores defendem o financiamento público exclusivo; outros o misto, com recursos do Fundo Partidário e com a doação de empresas para os cargos de presidente, governador e prefeito e um grupo de parlamentares é favorável à contribuição dos eleitores. Diante da divergência, Jorge Viana acredita que o financiamento público só será aprovado numa Reforma Política, exigida pela população, a exemplo do que ocorreu com a Lei da Ficha Limpa.
(Jorge Viana) Temos que mudar isso. E toda véspera de eleição, há a promessa da Reforma Política. Acho que cabe ao Congresso fazer a sua parte. A Reforma Política é aqui. Eu não tenho muita expectativa. A não ser que haja algo de fora para dentro, ou seja, que a sociedade possa vir através de uma consulta à sociedade com a decisão de que tem que ser feita uma Reforma Política tão necessária.
(Repórter) O Supremo Tribunal deve concluir ainda neste ano o julgamento de uma ação da Ordem dos Advogados do Brasil que questiona a doação de campanha por empresas. Dos onze ministros, seis já votaram pela proibição de recursos privados nas eleições.
LOC: O SENADOR JORGE VIANA DO PT DO ACRE ALERTA QUE APENAS A PRESSÃO POPULAR FARÁ O CONGRESSO NACIONAL VOTAR UMA REFORMA POLÍTICA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) Até meados de setembro, os comitês de campanha receberam mais de R$ 1 bilhão em contribuições de pessoas jurídicas e físicas num total de 29 mil doadores. Segundo dados da Justiça Eleitoral, apenas 19 empresas doaram R$ 522 milhões para os candidatos. Contrário à participação da iniciativa privada nas eleições, o vice-presidente do Senado, Jorge Viana, do PT do Acre, defendeu a aprovação do financiamento público de campanha. Ele argumenta que o modelo atual beneficia os empresários que têm as doações devolvidas em forma de contratos com os governos. Jorge Viana citou ainda que a legislação vigente facilita o caixa dois de campanha.
(Jorge Viana) O poderio econômico ainda está mandando. Certamente, passada essa eleição, vai se comprovar que o caixa dois cresceu. Isso suprapartidariamente. Isso é um péssimo para o País. Enquanto tivermos a influência do dinheiro na condução das eleições, teremos eleições com cartas marcadas. Eleição não é para fazer com dinheiro, é para fazer com proposta. E aí quem tem mais estrutura fica com mais condição de ter mais votos. Isso é um equívoco.
(Repórter) Uma proposta que proíbe a doação de empresas para campanhas eleitorais já está pronta para ser votada pelo Plenário do Senado. A autora é a senadora Vanessa Grazziotin do PC do B do Amazonas. Mas não há consenso porque alguns senadores defendem o financiamento público exclusivo; outros o misto, com recursos do Fundo Partidário e com a doação de empresas para os cargos de presidente, governador e prefeito e um grupo de parlamentares é favorável à contribuição dos eleitores. Diante da divergência, Jorge Viana acredita que o financiamento público só será aprovado numa Reforma Política, exigida pela população, a exemplo do que ocorreu com a Lei da Ficha Limpa.
(Jorge Viana) Temos que mudar isso. E toda véspera de eleição, há a promessa da Reforma Política. Acho que cabe ao Congresso fazer a sua parte. A Reforma Política é aqui. Eu não tenho muita expectativa. A não ser que haja algo de fora para dentro, ou seja, que a sociedade possa vir através de uma consulta à sociedade com a decisão de que tem que ser feita uma Reforma Política tão necessária.
(Repórter) O Supremo Tribunal deve concluir ainda neste ano o julgamento de uma ação da Ordem dos Advogados do Brasil que questiona a doação de campanha por empresas. Dos onze ministros, seis já votaram pela proibição de recursos privados nas eleições.