Senadores analisam aumento da inflação divulgado pelo IBGE — Rádio Senado

Senadores analisam aumento da inflação divulgado pelo IBGE

LOC: A INFLAÇÃO OFICIAL DO PAÍS, MEDIDA PELO ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO, IPCA, FOI DE 0,25% EM AGOSTO, DE ACORDO COM O IBGE. EM JULHO, ELA FICOU EM 0,01% - MENOR TAXA DESDE 2010. 

LOC: NO SENADO, HÁ DIVERGÊNCIAS QUANTO AO CONTROLE DA INFLAÇÃO E A CONDUÇÃO DA ECONOMIA PELO GOVERNO. 

Repórter: Segundo o IBGE, nos últimos 12 meses, houve alta de 6,51% na inflação – índice um pouco acima do teto da meta fixada pelo governo, que é de 6,5%. O Banco Central destaca, porém, que a meta deve ter por base o acumulado em 12 meses até dezembro de cada ano. Os itens “empregado doméstico” e “energia elétrica” causaram os principais impactos na inflação de agosto, e também a taxa de “água e esgoto”, devido a reajustes que começaram a valer no mês passado. Com isso, o grupo de despesas com habitação foi o que teve a maior elevação no último mês. As maiores altas nos preços, de julho para agosto, ocorreram em Belém e Vitória. Os menores índices foram os de Campo Grande e Belo Horizonte. Segundo levantamento das consultorias de Orçamento da Câmara e do Senado sobre o projeto da Lei Orçamentária Anual para 2015 - enquanto a previsão do governo para o ano que vem é de 5% de inflação e crescimento real do PIB de 3%, a aposta do mercado é que a inflação ficará ao redor de 6,29% e o PIB terá um aumento de apenas 1,1%. Para o senador Cyro Miranda, do PSDB de Goiás, isso reflete o enfraquecimento da economia brasileira. Ele disse haver falta de compromisso com as metas fiscais. 

Cyro Miranda: Se fosse possível reduzir a inflação apenas pelo aumento de juros isso já teria acontecido, mas com juros absurdos e inconcebíveis para uma economia de mercado, a inflação trava o país e tira qualquer estímulo para o investimento. 

Repórter: Já o senador Valdir Raupp, do PMDB de Rondônia, condenou o que chama de “visão pessimista” da economia brasileira. 

Valdir Raupp: Essas afirmações são, na verdade, suposições sem embasamento. São fruto de uma visão pessimista de quem torce contra a economia do país. 

Repórter: A proposta de Lei Orçamentária Anual para 2015 entregue pelo Executivo ao Congresso, fixa em 788 reais o salário mínimo para o próximo ano - um aumento de 8,84% em relação ao salário atual. A proposta deve ser aprovada pelo Congresso até dezembro. Antes, passará pela Comissão Mista de Orçamento. 
05/09/2014, 12h31 - ATUALIZADO EM 05/09/2014, 12h31
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