Kaká Andrade quer limitar poder absoluto do Operador Nacional do Sistema Elétrico — Rádio Senado

Kaká Andrade quer limitar poder absoluto do Operador Nacional do Sistema Elétrico

LOC: O SENADOR KAKÁ ANDRADE VAI APRESENTAR UM PROJETO QUE LIMITA O PODER ABSOLUTO DO OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO, QUE CONTROLA A GERAÇÃO, A OPERAÇÃO E A TRANSMISSÃO DE ENERGIA. 

LOC: O PARLAMENTAR DO PDT DE SERGIPE CONTESTA DECISÕES DO ONS, QUE, NA OPINIÃO DELE, COMPROMETEM O RIO SÃO FRANCISCO. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. 

TEC: O senador Kaká Andrade, do PDT sergipano denunciou a atuação do ONS, Operador Nacional do Sistema Elétrico, que tem determinado a diversas barragens no país e, em especial no rio São Francisco, que liberem menos água, como forma de economia dos reservatórios. O senador reclamou que tal medida compromete todas as atividades econômicas dos municípios de Sergipe e Alagoas, além dos próprios estados. Kaká Andrade ainda destacou que pretende, com um projeto de lei, limitar a atuação do Operador Nacional do Sistema Elétrico. 

(KAKÁ 0:25): Minha proposta é alterar a lei 9433 de 97, que institui o sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos, para acrescentar a exigência de ser o comitê da bacia hidrográfica do São Francisco o lócus de decisão quanto à alteração da vazão em reservatórios reguladores abaixo dos valores mínimos, podendo o ONS ter o poder de decisão apenas até atingida essa vazão mínima. 

(Repórter): O senador explicou que a construção das barragens no São Francisco, somada ao desmatamento de suas margens, tem reduzido gradativamente a navegabilidade, a pesca e as plantações às margens do rio. 

(KAKÁ): O São Francisco, entre Brejo Grande e Canindé de São Francisco, em Sergipe, era absolutamente navegável, as várzeas de Sergipe e Alagoas eram lugares de uma economia abastada. No início de 2014, o Operador Nacional do Sistema autorizou a diminuição da vazão mínima de Sobradinho, de 1300 metros cúbicos por segundo para 1100 metros cúbicos por segundo. O efeito Nilo, o milagre havido no meio do deserto, foi comprometido no rio São Francisco.

(Repórter): Kaká Andrade explicou ainda que é necessário recuperar o São Francisco com dragagem do leito e proteção das margens, além da repovoação do rio com peixes de espécies nativas.
27/08/2014, 05h30 - ATUALIZADO EM 27/08/2014, 05h30
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