Nova lei agrícola dos EUA pode trazer prejuízos para agricultores brasileiros
LOC: A NOVA LEI AGRÍCOLA DOS ESTADOS UNIDOS, CHAMADA DE "FARM BILL" VAI GARANTIR MAIS SUBSÍDIOS AOS PRODUTORES AMERICANOS, MAS TRAZER PREJUÍZOS PARA OS AGRICULTORES BRASILEIROS.
LOC: FOI O QUE AFIRMARAM OS PARTICIPANTES DO DEBATE PROMOVIDO PELAS COMISSÕES DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA NESTA QUINTA-FEIRA NO SENADO. REPÓRTER NARA FERREIRA:
TEC: O presidente da Comissão de Relações Exteriores, Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, afirmou que devido à nova lei dos Estados Unidos, é projetada uma redução significativa nos preços internacionais de algumas das mais importantes culturas agrícolas, em especial algodão, milho e soja. A lei cria um seguro que garante renda ao produtor rural mesmo quando não houver produção. Segundo a Confederação Nacional da Agricultura, a nova legislação dos norte-americanos, com vigência de quatro anos, implicará redução entre 3 e 5 % nos preços do milho, com perda de receita de exportação para o Brasil de um bilhão e 500 milhões de reais em quatro anos. No caso da soja a expectativa é de queda de 3% dos preços, e redução de dois bilhões e meio de dólares entre 2014 e 18. Para Ferraço, o problema é a competição desleal.
(FERRAÇO): Graças ao esforço incansável de centenas de milhares de brasileiros, nosso complexo agro-industrial encerrou 2013 com saldo positivo de 78 bilhões de dólares levando nosso país a ocupar a terceira posição na classificação de maiores exportadores agrícolas, atrás apenas dos Estados Unidos e União Européia.
(REP) André Nassar, diretor da consultoria Agroicone, destacou que o nível de subsídio dos Estados Unidos vai crescer especialmente em produtos de alto interesse do Brasil, como milho e soja:
(ANDRÉ) A grande preocupação é que vamos entrar num momento de espécie de guerra comercial em que o subsídio americano vai incentivando reduções de preço e isso vai nos prejudicar. É preciso ter uma pressão de diferentes frentes junto aos americanos para dizer, olha estamos de olho no que você está fazendo. se o subsídio chegar nesse nível, até o Brasil tem que incorporar o discurso que teria que migrar para um novo contencioso de OMC.
(REP) Ricardo Ferraço lembrou que em 2002 o Brasil acionou a Organização Mundial do Comércio contra os Estados Unidos e venceu a disputa. Em 2005 eles propuseram um acordo provisório com repasses de 147 milhões de dólares por ano para o Fundo do Algodão. Mas em setembro do ano passado, o dinheiro deixou de ser repassado para o Brasil.
LOC: NESTA QUINTA-FEIRA, A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES RECEBEU O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS DA CÂMARA DE SENADORES DO PARAGUAI, SENADOR MIGUEL CARMONA. A VISITA TEVE COMO OBJETIVO DISCUTIR MAIOR INTEGRAÇÃO ENTRE AS DUAS COMISSÕES E DEBATER TEMAS DA AGENDA BILATERAL, COMO A SITUAÇÃO DOS PRODUTORES BRASILEIROS QUE ATUAM NO PARAGUAI, CHAMADOS DE "BRASIGUAIOS".
LOC: FOI O QUE AFIRMARAM OS PARTICIPANTES DO DEBATE PROMOVIDO PELAS COMISSÕES DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA NESTA QUINTA-FEIRA NO SENADO. REPÓRTER NARA FERREIRA:
TEC: O presidente da Comissão de Relações Exteriores, Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, afirmou que devido à nova lei dos Estados Unidos, é projetada uma redução significativa nos preços internacionais de algumas das mais importantes culturas agrícolas, em especial algodão, milho e soja. A lei cria um seguro que garante renda ao produtor rural mesmo quando não houver produção. Segundo a Confederação Nacional da Agricultura, a nova legislação dos norte-americanos, com vigência de quatro anos, implicará redução entre 3 e 5 % nos preços do milho, com perda de receita de exportação para o Brasil de um bilhão e 500 milhões de reais em quatro anos. No caso da soja a expectativa é de queda de 3% dos preços, e redução de dois bilhões e meio de dólares entre 2014 e 18. Para Ferraço, o problema é a competição desleal.
(FERRAÇO): Graças ao esforço incansável de centenas de milhares de brasileiros, nosso complexo agro-industrial encerrou 2013 com saldo positivo de 78 bilhões de dólares levando nosso país a ocupar a terceira posição na classificação de maiores exportadores agrícolas, atrás apenas dos Estados Unidos e União Européia.
(REP) André Nassar, diretor da consultoria Agroicone, destacou que o nível de subsídio dos Estados Unidos vai crescer especialmente em produtos de alto interesse do Brasil, como milho e soja:
(ANDRÉ) A grande preocupação é que vamos entrar num momento de espécie de guerra comercial em que o subsídio americano vai incentivando reduções de preço e isso vai nos prejudicar. É preciso ter uma pressão de diferentes frentes junto aos americanos para dizer, olha estamos de olho no que você está fazendo. se o subsídio chegar nesse nível, até o Brasil tem que incorporar o discurso que teria que migrar para um novo contencioso de OMC.
(REP) Ricardo Ferraço lembrou que em 2002 o Brasil acionou a Organização Mundial do Comércio contra os Estados Unidos e venceu a disputa. Em 2005 eles propuseram um acordo provisório com repasses de 147 milhões de dólares por ano para o Fundo do Algodão. Mas em setembro do ano passado, o dinheiro deixou de ser repassado para o Brasil.
LOC: NESTA QUINTA-FEIRA, A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES RECEBEU O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS DA CÂMARA DE SENADORES DO PARAGUAI, SENADOR MIGUEL CARMONA. A VISITA TEVE COMO OBJETIVO DISCUTIR MAIOR INTEGRAÇÃO ENTRE AS DUAS COMISSÕES E DEBATER TEMAS DA AGENDA BILATERAL, COMO A SITUAÇÃO DOS PRODUTORES BRASILEIROS QUE ATUAM NO PARAGUAI, CHAMADOS DE "BRASIGUAIOS".
