Congresso lembra centenário de nascimento de Irmã Dulce — Rádio Senado

Congresso lembra centenário de nascimento de Irmã Dulce

LOC: O CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DA IRMÃ DULCE FOI LEMBRADO EM SESSÃO SOLENE DO CONGRESSO NACIONAL.  

LOC: BEATIFICADA EM 2011 ELA ERA CONHECIDA COMO “O ANJO BOM DA BAHIA”. REPÓRTER FRANCISCO COELHO. 

(Repórter) Os cem anos do nascimento de Irmã Dulce foram lembrados em sessão solene do Congresso Nacional. “O Anjo Bom da Bahia”, como era chamada, dedicou toda a vida as obras de caridade e assistência aos pobres e necessitados. Dulce foi beatificada em 2011, pelo Papa Bento 16. Mais de sete mil milagres atribuídos a ela estão em análise pelo Vaticano. Quando ocupou a Presidência do Brasil o senador José Sarney, do PMDB do Amapá, indicou a beata para receber o prêmio Nobel da paz. Sarney disse que a religiosa é exemplo de santidade que deve ser seguido por todos. 

(José Sarney) “A sociedade capitalista ela gera valores materiais e negligencia os valores espirituais. Irmã Dulce era uma tocha permanente que brilhava para lembrar que não podemos ficar somente no uso e fruto dos nossos bem sem pensar no universo que nos rodeiam, nos miseráveis, nos pobres e nos desprezados”. 

(Repórter) Irmã Dulce nasceu em 26 de maio de 1914, em uma família de classe média da capital baiana, Salvador. Ainda pequena, Dulce já demonstrava sua vocação para a caridade, fez da residência da família um centro improvisado de ajuda a pessoas carentes. Em 1933 entrou para o Convento do Carmo de São Cristovão, em Sergipe. No ano seguinte foi ordenada freira. Para cuidar dos doentes fundou o Hospital Santo Antonio que funciona até hoje como um complexo social, médico e educacional. A sobrinha Maria Rita é agora a responsável pela as Obras Sociais Irmã Dulce e ressalta que a tia sempre tinha uma preocupação especial com os desamparados. 

(Maria Rita) “Para ela não havia desconhecidos entre aqueles encontrados ao longo do caminho. A verdade é que não há estranhos entre os desamparados. A lição, portanto é uma só, compartilhamos todo um único seio familiar, onde o sentido da existência não poderia ser outro se não uma vida de entrega, de amor e de serviço ao irmão”. 

(Repórter) Irmã Dulce morreu de problemas pulmonares em 1992. Para ser declarada santa é preciso que o Vaticano reconheça mais um milagre atribuído a ela.
27/05/2014, 05h27 - ATUALIZADO EM 27/05/2014, 05h27
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