Projeto obriga estudantes de Medicina a fazerem exame de habilidades
LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS PODE VOTAR NA SEMANA QUE VEM PROJETO QUE OBRIGA ESTUDANTES DE MEDICINA A FAZER UM EXAME DE HABILIDADES, CONHECIMENTO E ÉTICA.
LOC: SE A PROPOSTA FOR ACEITA PELA COMISSÃO, SERÁ ENVIADA DIRETAMENTE À CÂMARA DOS DEPUTADOS. A REPORTAGEM É DE ROBERTO FRAGOSO.
(Repórter) A proposta original era que o Exame de Proficiência dos novos médicos, uma condição para o registro profissional, fosse feito ao fim do curso, nos moldes da prova promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil. Depois de ouvir especialistas, o relator, senador Cyro Miranda, do PSDB de Goiás, sugeriu que o exame tenha duas etapas, uma no fim do segundo ano e outra no fim do curso. Assim, a avaliação permite correções durante a formação dos estudantes de Medicina. A prova, que será gratuita, deve examinar as competências éticas e cognitivas dos alunos, além das habilidades profissionais, mas não haverá prova prática. No entanto, o estudante não é obrigado a passar no exame, apenas a participar, a não ser que seja um caso de revalidação de diploma estrangeiro. Nesse caso, o candidato só precisa fazer a prova ao final do curso. E os alunos que tiverem boas notas terão pontos extras na seleção para a residência médica. Cyro Miranda citou a experiência do Conselho de Medicina de São Paulo, que começou a fazer o exame de forma voluntária, e que mostrou a necessidade de melhorar a formação dos futuros médicos.
(Cyro Miranda) Acusava em São Paulo uma reprovação de 48% dos estudantes terminando o 6º ano de Medicina em São Paulo. Nós estamos falando de uma capital que tem um apelo muito maior. E, quando nós fomos examinar essas perguntas, eram perguntas básicas. Por exemplo, como se faz um soro caseiro para um recém-nascido, uma criança com desidratação. E 48% não respondiam. Não sabiam como diagnosticar um apêndice inflamado e assim por diante.
(Repórter) O senador incluiu ainda no projeto mudanças no Sinaes – o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - para prever punições para os cursos de Medicina que tiverem aprovação abaixo de 60% três vezes em um período de cinco anos. Eles podem ter suspensão dos vestibulares, cassação da autorização de funcionamento da instituição e, no caso de universidades públicas, advertência, suspensão ou perda do mandato do dirigente responsável.
LOC: SE A PROPOSTA FOR ACEITA PELA COMISSÃO, SERÁ ENVIADA DIRETAMENTE À CÂMARA DOS DEPUTADOS. A REPORTAGEM É DE ROBERTO FRAGOSO.
(Repórter) A proposta original era que o Exame de Proficiência dos novos médicos, uma condição para o registro profissional, fosse feito ao fim do curso, nos moldes da prova promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil. Depois de ouvir especialistas, o relator, senador Cyro Miranda, do PSDB de Goiás, sugeriu que o exame tenha duas etapas, uma no fim do segundo ano e outra no fim do curso. Assim, a avaliação permite correções durante a formação dos estudantes de Medicina. A prova, que será gratuita, deve examinar as competências éticas e cognitivas dos alunos, além das habilidades profissionais, mas não haverá prova prática. No entanto, o estudante não é obrigado a passar no exame, apenas a participar, a não ser que seja um caso de revalidação de diploma estrangeiro. Nesse caso, o candidato só precisa fazer a prova ao final do curso. E os alunos que tiverem boas notas terão pontos extras na seleção para a residência médica. Cyro Miranda citou a experiência do Conselho de Medicina de São Paulo, que começou a fazer o exame de forma voluntária, e que mostrou a necessidade de melhorar a formação dos futuros médicos.
(Cyro Miranda) Acusava em São Paulo uma reprovação de 48% dos estudantes terminando o 6º ano de Medicina em São Paulo. Nós estamos falando de uma capital que tem um apelo muito maior. E, quando nós fomos examinar essas perguntas, eram perguntas básicas. Por exemplo, como se faz um soro caseiro para um recém-nascido, uma criança com desidratação. E 48% não respondiam. Não sabiam como diagnosticar um apêndice inflamado e assim por diante.
(Repórter) O senador incluiu ainda no projeto mudanças no Sinaes – o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - para prever punições para os cursos de Medicina que tiverem aprovação abaixo de 60% três vezes em um período de cinco anos. Eles podem ter suspensão dos vestibulares, cassação da autorização de funcionamento da instituição e, no caso de universidades públicas, advertência, suspensão ou perda do mandato do dirigente responsável.
