CDH promove audiência pública para celebrar a conscientização do autismo — Rádio Senado

CDH promove audiência pública para celebrar a conscientização do autismo

LOC: DOIS DE ABRIL É O DIA MUNCIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO. 

LOC: PARA MARCAR A DATA, A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS PROMOVEU UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM ESTUDANTES, PAIS E ATIVISTAS. ELES PEDEM MAIOR PARTICIPAÇÃO NA REGULAMENTAÇÃO DA LEI DO AUTISTA, INICIADA NO SENADO E SANCIONADA EM 2012. REPÓRTER NARA FERREIRA. 

TEC: Prédios e momumentos em diversas partes do mundo foram iluminados de azul nesta quarta-feira em apoio ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data foi criada pelas Nações Unidas para promover o conhecimento e a redução do preconceito sobre as cerca de 70 milhões de pessoas no mundo diagnosticadas com o transtorno do espectro autista. No Brasil, estima-se em mais de dois milhões de pessoas com autismo. As causas da síndrome ainda são desconhecidas. No final de 2012, uma lei federal iniciada no Senado entrou em vigor, obrigando as escolas a aceitarem a matrícula dessas pessoas. A audiência foi pedida pelos senadores do PT Wellington Dias, do Piauí, e Paulo Paim, do Rio Grande do Sul. A presidente da Comissão de Direitos Humanos, senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo, que foi relatora do projeto de lei, destacou que o autismo está cada vez mais presente entre as crianças. 

(ANA RITA) Houve aumento de quase 30 por cento em relação aos dados de 2008 e de quase 60% em relação a 2006, quando havia um caso em cada 110 crianças. Os dados mostram que em 2010 os casos de autismo alcançam cerca de 1,5 por cento da população com oito anos de idade. Ou seja, um caso em cada 68 crianças. 

(REP) Fernando Cotta, presidente do Movimento Orgulho Autista Brasil, destacou os avanços conquistados com a lei sancionada em 2012 e pediu maior participação na regulamentação da lei. 

(FERNANDO) nós somos as pessoas que conhecemos a fundo, somos nós que levamos nossos filhos nas escolas, nos postos de saúde, hospital, que recebemos os não - conhecemos gestores que não sabem que existe uma lei, ou que mesmo sabendo se recusam a cumprir. 

(REP) Os movimentos ligados ao autismo também pedem a aprovação de duas Pecs - uma garante acesso à educação sem limite de idade e, a outra, renda mínima para pessoas autistas, com deficiência intelectual ou motora sem o limitador de renda. E argumentaram também que os Centros De Atenção Psicossocial - Caps - não são locais adequados para tratamento do autismo.
02/04/2014, 02h14 - ATUALIZADO EM 02/04/2014, 02h14
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