Delcídio diz que uso de "volume morto" pode prejudicar futuro de reservatórios — Rádio Senado

Delcídio diz que uso de "volume morto" pode prejudicar futuro de reservatórios

LOC: APESAR DE O GOVERNO FEDERAL CONSIDERAR BAIXA A POSSIBILIDADE DE RACIONAMENTO DE ENERGIA, O GOVERNO DE SÃO PAULO ESTUDA USAR A ÁGUA DAS REPRESAS QUE ESTÁ ABAIXO DA CAPTAÇÃO DAS TURBINAS, O CHAMADO “VOLUME MORTO”.  

LOC: A MEDIDA É CONSIDERADA POLÊMICA E, PARA O SENADOR DELCÍDIO DO AMARAL, DO PT DE MATO GROSSO DO SUL, PODE PREJUCAR O USO FUTURO DO RESERVATÓRIO. OS DETALHES COM O REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI 

(Repórter) Com a escassez de água nos reservatórios brasileiros, o Governo de São Paulo já estuda usar o líquido que fica no fundo das represas, o chamado volume morto, para o abastecimento. A medida, que poderia ampliar o volume em 20%, é considerada polêmica. O senador Delcídio do Amaral, do PT de Mato Grosso do Sul, que atuou na construção da hidroelétrica de Tucuruí, no Pará, mostrou-se preocupado com a possibilidade de uso da água do fundo das represas: 

(Delcídio do Amaral) Eu nunca ouvi falar de você usar o volume morto para bombeado colocar em operação as turbinas das usinas. Acho muito estranho. Não sei de onde é que tiraram essa tecnologia e de que forma eles vão querer fazer isso. E é importante registrar também que se você for bombear o volume morto, depois o difícil é a recuperação do reservatório. 

(Repórter) Delcídio do Amaral observou que em várias hidrelétricas no Brasil, não foi realizada a preservação das matas ciliares dos afluentes e dos lagos, o que tem prejudicado a capacidade de retenção de água e de geração de energia elétrica.  

(Delcídio do Amaral) Agora evidentemente há um impacto principalmente de matas ciliares e essas coisas todas com relação ao comportamento dos reservatórios. A realidade é que nós tamos em algumas regiões do Sul e do Sudeste numa estiagem que já passou dos 50 dias. Então os reservatórios foram impactados efetivamente por essa razão. Mas claro que tem condições ambientais que impactam nos reservatórios das grandes usinas. 

(Repórter) Com o final do horário de verão no sábado, dia 15 de fevereiro, e as chuvas previstas para o final do mês, os técnicos do setor energético aguardam alguma modificação no consumo brasileiro.
14/02/2014, 06h03 - ATUALIZADO EM 14/02/2014, 06h03
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