Projeto acaba com sigilo em operações de crédito para governos estrangeiros — Rádio Senado

Projeto acaba com sigilo em operações de crédito para governos estrangeiros

LOC: SENADOR APRESENTA PROJETO PARA GARANTIR TRANSPARÊNCIA DOS EMPRÉSTIMOS DE BANCOS PÚBLICOS PARA GOVERNOS ESTRANGEIROS. 

LOC: O BNDES FEZ UM REPASSE DE OITOCENTOS MILHÕES DE DÓLARES PARA A CONSTRUÇÃO DE UM PORTO EM CUBA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

TÉC: A proposta do senador Álvaro Dias do PSDB do Paraná acaba com o sigilo bancário nas operações de instituições oficiais de crédito para governos estrangeiros. Ele argumentou que os bancos privados já garantem a transparência de suas atividades com a publicação de suas operações. Ao citar que o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento também dão publicidade aos seus empréstimos, Álvaro Dias questionou os contratos sigilosos do BNDES. 

(A.Dias) Estamos propondo o fim desse sigilo quando se trata de um outro país ou quando esse outro país é o garantidor do empréstimo, mesmo que seja um empréstimo para uma grande empreiteira de obra pública que tenha como garantidor outro país. Tem que haver publicidade e transparência. Estamos impondo que tudo isso deve ser divulgado no site da instituição financeira e num jornal de grande circulação do País. 

REPÓRTER: Recentemente, a presidente Dilma Rousseff participou da inauguração do porto de Mariel, em Havana, Cuba, que contou com um empréstimo de US$ 800 milhões do BNDES. Álvaro Dias ressaltou que o BNDES não informou a taxa de juros, o prazo de carência ou as condições do pagamento, apesar dos requerimentos com pedido de informações. 

(A.Dias2) É melhor que não se empreste se a condição do outro país for o sigilo porque fica sob suspeição. Por que querem o sigilo? Por que a de ser secreto? Esse projeto tem que ser aprovado também pelo governo. Nós esperamos até porque se fala muito em atitudes republicanas. Esses empréstimos secretos estão longe de ser praticados de forma republicana. 

REPÓRTER: Segundo Álvaro Dias, o Tesouro Nacional tem prejuízos com os repasses feitos ao BNDES porque o custo da dívida é de mais de 12% e o BNDES recebe juros de 5% dos empréstimos.
07/02/2014, 10h24 - ATUALIZADO EM 07/02/2014, 10h24
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