Brasil é o 8º país com mais adultos analfabetos, aponta Unesco — Rádio Senado

Brasil é o 8º país com mais adultos analfabetos, aponta Unesco

LOC: O BRASIL OCUPA O OITAVO LUGAR NA LISTA DA UNESCO DOS PAÍSES COM O MAIOR NÚMERO DE ADULTOS ANALFABETOS NO MUNDO.  

LOC: OS DADOS FAZEM PARTE DE RELATÓRIO DIVULGADO PELO ÓRGÃO DA ONU SOBRE AS METAS PARA MELHORAR A EDUCAÇÃO ATÉ 2015. REPÓRTER NARA FERREIRA: 

TÉC: Do total de 774 milhões de adultos analfabetos no mundo, 72% estão em dez países, entre eles o Brasil, em oitavo lugar. A Índia lidera a lista, seguido de China e Paquistão. O documento da Unesco mostra avanços na área, mas aponta lentidão para atingir a meta até 2015, conforme compromisso assumido pelos países. Segundo a Unesco, na última década, o número de adultos analfabetos caiu apenas 1%. Garantir o ensino básico fundamental para todos está entre as oito metas do milênio elaboradas pela ONU. No Brasil, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2012 revelou que são 13 milhões e 200 mil analfabetos com 15 anos ou mais. Segundo o Ministério da Educação, as taxas caíram entre os jovens, mas há concentração entre idosos. O presidente da Comissão de Educação do Senado, Cyro Miranda, do PSDB de Goiás, considera os dados preocupantes. O senador apontou que entre 2011 e 2012, o País ganhou 300 mil analfabetos acima de 15 anos. Para ele, o Brasil está longe de atingir a meta de reduzir o índice de analfabetismo para seis vírgula sete por cento até 2015. 

(CYRO MIRANDA) Faltam apenas dois anos para fazer 3 milhões de pessoas aprender a ler e a escrever. Dificilmente essa meta será alcançada. Três milhões em dois anos. 

(REPÓRTER) O senador Randolfe Rodrigues, do Psol do Amapá, lamentou que a Constituição tenha completado 25 anos sem o País acabar com o analfabetismo. 

(Randolfe Rodrigues) Ulysses dizia: a cidadania começa com o alfabeto. Em 25 anos, a oitava economia não conseguiu banir o analfabetismo em seu território. Essa é a vergonha nacional, é a vergonha que tem que ser refletida. 

(REPÓRTER) Em dezembro, o plenário do Senado aprovou o Plano Nacional de Educação que prevê a destinação de 10% do PIB para o setor. O Plano tem duração de dez anos e traz, entre suas diretrizes, a erradicação do analfabetismo e a universalização do atendimento escolar. O texto voltou para exame da Câmara dos Deputados.
29/01/2014, 01h14 - ATUALIZADO EM 29/01/2014, 01h14
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