Senadores criticam alta carga tributária e defendem detalhamento em nota fiscal — Rádio Senado

Senadores criticam alta carga tributária e defendem detalhamento em nota fiscal

LOC: OS BRASILEIROS JÁ PAGARAM MAIS DE UM TRILHÃO E SETECENTOS BILHÕES DE REAIS EM IMPOSTOS NESTE ANO. 

LOC: OS SENADORES CRITICAM A ALTA CARGA TRIBUTÁRIA NO PAÍS E DEFENDEM O DETALHAMENTO NA NOTA FISCAL DOS IMPOSTOS PAGOS PELOS CONSUMIDORES. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

TÉC: De acordo com o Impostômetro, uma iniciativa da Associação Comercial de São Paulo para informar em tempo real os tributos pagos, os governos federal, estaduais e municipais já arrecadaram mais de R$ 1, 7 trilhão desde o início do ano. Em comparação ao ano passado, houve um aumento de R$ 2 bilhões. O senador Cyro Miranda do PSDB de Goiás criticou o fato de o trabalhador pagar tanto imposto sem um retorno na prestação de serviços públicos. Ele lembrou ainda que os empresários não conseguem vender os produtos brasileiros no exterior devido à alta carga tributária, que dificulta os negócios no Brasil também. 

(Cyro) Esses números são assustadores. Não são para comemorar porque isso significa que os brasileiros cada dia pagam mais impostos e têm menos benefícios. Não temos mais competitividade nem interna nem externa. Estamos perdendo o poder de compra. Cada vez, o governo gasta mais e gasta mal. 

REPÓRTER: Já a senadora Vanessa Grazziotin do PC do B do Amazonas cobrou o cumprimento da lei que prevê o detalhamento dos impostos pagos pelos consumidores. Mas a pedido dos empresários, o governo adiou para junho do ano que vem as novas regras, que deveriam estar valendo há seis meses. Vanessa Grazziotin lembrou que todo consumidor, independentemente da renda, paga imposto na hora das compras e não sabe disso. 

(Vanessa) Porque muita gente que tem o salário mais baixo acredita que não paga imposto. Isso não é verdade. Toda vez que compramos qualquer mercadoria, de um sapato a uma roupa, uma caixa de fósforo, um litro de leite, tudo que compramos, pagamos impostos. E saber o valor que pagamos de impostos é fundamental e faz parte da política da transparência.  

REPÓRTER: A partir de junho do ano que vem, as notas fiscais deverão especificar o percentual de sete impostos: IOF (Imposto sobre Operação Financeira), IPI (Imposto sobre Produto Industrializado), ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), ISS (Imposto sobre Serviços), PIS/PASEP, COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e a Cide, cobrada nos combustíveis.
30/12/2013, 01h01 - ATUALIZADO EM 30/12/2013, 01h01
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