CDH quer conhecer relatório que comprovaria que JK foi morto pela ditadura — Rádio Senado

CDH quer conhecer relatório que comprovaria que JK foi morto pela ditadura

LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS QUER CONHECER EM DETALHES O RELATÓRIO QUE TERIA COMPROVADO QUE JK FOI MORTO PELA DITADURA. 

LOC: O AUTOR DO RELATÓRIO DA COMISSÃO DA VERDADE NA CÃMARA DE SÃO PAULO, GILBERTO NATALINI, FOI CONVIDADO A COMPARECER À COMISSÃO. REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA.  

(Repórter) Segundo a Comissão da Verdade da Câmara de São Paulo, não haveria dúvidas de que o ex-presidente Juscelino Kubitschek teria sido vítima de um atentado em 1976. Por isso o presidente desta Comissão, Gilberto Natalini do PV de São Paulo, que também foi preso e torturado durante a ditadura, foi convidado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado para apresentar em detalhes o trabalho que coordenou. Este Relatório baseia-se no que considera mais de 90 evidências e provas de que JK na verdade não teria sofrido apenas um acidente automobilístico que o vitimou no dia 22 de agosto de 1976, na Via Dutra. Um dos alicerces da tese, dentre outros, seria o depoimento do motorista Josias Nunes, ainda vivo e hoje com 69 anos, na época, apontado como o responsável pela tragédia. Agora, para a Comissão da Verdade Nunes afirma que após o acidente 2 homens ofereceram, na Delegacia e depois na casa dele, dinheiro para que assumisse a culpa pelo episódio. O motorista dirigia o ônibus da empresa “Cometa”, que segundo a versão oficial teria batido no carro do ex-presidente, vitimando também seu motorista Geraldo Ribeiro. Josias também afirmou em seu depoimento que sofreu ameaças de que seria torturado se não colaborasse. O Requerimento para que o Relatório também seja apresentado ao Senado foi de João Capiberibe do PSB de Amapá e Paulo Paim do PT do Rio Grande do Sul, como relatou a presidente da CDH, senadora Ana Rita do PT do Espírito Santo. 

(Ana Rita) O referido Relatório reúne documentos que comprovam que o ex-presidente da República Juscelino Kubitschek foi assassinado durante viagem de carro no Km 165 da rodovia presidente Dutra, e não morto em um acidente como registra a história oficial. O Relatório reúne 90 indícios, evidências, provas, testemunhos, circunstâncias, controvérsias e questionamentos, que concluem que o ex-presidente foi alvo de um atentado político. 

(Repórter) Esta reunião deve ocorrer na retomada dos trabalhos após o recesso parlamentar.
19/12/2013, 03h34 - ATUALIZADO EM 19/12/2013, 03h34
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