Comissão debate a obra de transposição do São Francisco
LOC: A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO VAI MUDAR A GEOPOLÍTICA DE BOA PARTE DO NORDESTE, MAS É PRECISO PENSAR NA EXECUÇÃO DO PROGRAMA A LONGO PRAZO.
LOC: O ANDAMENTO DAS OBRAS E O CRESCIMENTO ECONÔMICO NA REGIÃO FORAM DEBATIDOS NESTA SEGUNDA-FEIRA PELA COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA. OS DETALHES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS:
(Repórter) As obras de transposição do Rio São Francisco vão mudar o cenário nordestino, mas é preciso apostar em programas de capacitação para os gestores, que vão lidar com a qualidade e a destinação da água. A opinião é do presidente do Instituto Internacional de Ecologia de São Carlos, José Galizia Tundisi, que lembrou que, sem projeto adequado, em vez de redenção, a transposição pode virar um grande desastre:
(José Galízia Tundisi) Cadeia de transmissão da gestão, o problema é esse. E é um problema do Brasil, a cadeia de transmissão às vezes não funciona. Você tem ótimos especialistas, ótimos planejadores, tem projetos, tem recursos, nós estamos gastando oito bilhões, quase nove bilhões nesse projeto. Tem projeto, tem dinheiro. O problema é execução, está fazendo a obra, mas e o futuro?
(Repórter) Um dos fatores que colocam em risco esse programa no futuro é a própria qualidade da água. É que os reservatórios atraem populações inteiras que buscam empregos e, claro, a água. E, sem saneamento básico nessas localidades, o lençol freático acabará contaminado. José Galizia também afirmou que o sistema de comitês de bacias, como é feito no Ceará, é o mais adequado, porque dá mais controle sobre o uso das águas. Para resolver o problema de gestão, o senador José Pimentel, do PT cearense, disse que vai propor a criação de cursos específicos nos institutos técnicos federais que estão sendo construídos:
(José Pimentel) O Brasil está instalando 500 institutos federais de educação tecnológica, de maneira que toda cidade acima de 50 mil habitantes até 2017 terá um instituto de educação. Já temos 280, estão funcionando.
(Repórter) A formação de gestores técnicos de água foi apoiada também pelo representante do Ministério da Integração Nacional, Francisco Xavier Mill, que fez um balanço da transposição. Segundo ele, as obras dos dois eixos do nordeste setentrional estão avançadas. Esses eixos vão levar água para 12 milhões de habitantes de 390 municípios do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Boa parte das obras, que hoje empregam mais de seis mil e 500 trabalhadores, deve ser concluída entre 2014 e 2015. Dois dos 16 lotes de obras já foram concluídos.
LOC: ALÉM DESTE DEBATE, O SENADO MARCOU PARA ESTA TERÇA-FEIRA UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA FAZER UM BALANÇO DAS OBRAS DE TRANSPOSIÇÃO.
LOC: A INICIATIVA É DA COMISSÃO EXTERNA QUE ACOMPANHA O ASSUNTO E A REUNIÃO CONTARÁ COM A PRESENÇA DO MINISTRO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, FRANCISCO COELHO TEIXEIRA.
LOC: O ANDAMENTO DAS OBRAS E O CRESCIMENTO ECONÔMICO NA REGIÃO FORAM DEBATIDOS NESTA SEGUNDA-FEIRA PELA COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA. OS DETALHES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS:
(Repórter) As obras de transposição do Rio São Francisco vão mudar o cenário nordestino, mas é preciso apostar em programas de capacitação para os gestores, que vão lidar com a qualidade e a destinação da água. A opinião é do presidente do Instituto Internacional de Ecologia de São Carlos, José Galizia Tundisi, que lembrou que, sem projeto adequado, em vez de redenção, a transposição pode virar um grande desastre:
(José Galízia Tundisi) Cadeia de transmissão da gestão, o problema é esse. E é um problema do Brasil, a cadeia de transmissão às vezes não funciona. Você tem ótimos especialistas, ótimos planejadores, tem projetos, tem recursos, nós estamos gastando oito bilhões, quase nove bilhões nesse projeto. Tem projeto, tem dinheiro. O problema é execução, está fazendo a obra, mas e o futuro?
(Repórter) Um dos fatores que colocam em risco esse programa no futuro é a própria qualidade da água. É que os reservatórios atraem populações inteiras que buscam empregos e, claro, a água. E, sem saneamento básico nessas localidades, o lençol freático acabará contaminado. José Galizia também afirmou que o sistema de comitês de bacias, como é feito no Ceará, é o mais adequado, porque dá mais controle sobre o uso das águas. Para resolver o problema de gestão, o senador José Pimentel, do PT cearense, disse que vai propor a criação de cursos específicos nos institutos técnicos federais que estão sendo construídos:
(José Pimentel) O Brasil está instalando 500 institutos federais de educação tecnológica, de maneira que toda cidade acima de 50 mil habitantes até 2017 terá um instituto de educação. Já temos 280, estão funcionando.
(Repórter) A formação de gestores técnicos de água foi apoiada também pelo representante do Ministério da Integração Nacional, Francisco Xavier Mill, que fez um balanço da transposição. Segundo ele, as obras dos dois eixos do nordeste setentrional estão avançadas. Esses eixos vão levar água para 12 milhões de habitantes de 390 municípios do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Boa parte das obras, que hoje empregam mais de seis mil e 500 trabalhadores, deve ser concluída entre 2014 e 2015. Dois dos 16 lotes de obras já foram concluídos.
LOC: ALÉM DESTE DEBATE, O SENADO MARCOU PARA ESTA TERÇA-FEIRA UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA FAZER UM BALANÇO DAS OBRAS DE TRANSPOSIÇÃO.
LOC: A INICIATIVA É DA COMISSÃO EXTERNA QUE ACOMPANHA O ASSUNTO E A REUNIÃO CONTARÁ COM A PRESENÇA DO MINISTRO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, FRANCISCO COELHO TEIXEIRA.
