CDR discute os impactos da mineração no Brasil
LOC: OS IMPACTOS DA MINERAÇÃO NO PAÍS FORAM DISCUTIDOS NESTA QUARTA-FEIRA NA COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E TURISMO.
LOC: DE ACORDO COM REPRESENTANTES DAS COMUNIDADES ATINGIDAS PELA ATIVIDADE, O CÓDIGO DE MINERAÇÃO EM DISCUSSÃO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS NÃO CONSIDERA OS EFEITOS SÓCIO-AMBIENTAIS DA EXTRAÇÃO. REPÓRTER FERNANDA NARDELLI:
TÉC: O novo Código de Mineração em análise no Congresso Nacional foi alvo de críticas em audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado. O debate, proposto pelo senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, teve como objetivo apontar os impactos da extração do minério no país. A participação da sociedade na discussão sobre o novo código foi reivindicada por Etevaldo Arantes, do Movimento dos Garimpeiros e Trabalhadores da Mineração. Ele, que mora em Serra Pelada, lembrou que a mineração está presente na vida de todos os brasileiros.
(ETEVALDO) Se a sociedade brasileira não se atentar para o fato de que temos que participar desse código de mineração, não será ruim para as pessoas que estão nos corredores de miséria onde a exploração é feita. Será ruim para todo o país. Cada dia mais, custará mais caro o celular que vocês usam, a casa que vocês moram, a água que vocês bebem.
(Repórter) Os participantes do debate foram unânimes ao afirmar que o relatório do Código de Mineração apresentado na Câmara ficou pior do que a proposta original do governo e que não levou em conta os impactos sócio-ambientais gerados. O coordenador do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Atingidos pela Mineração, Adair Almeida, mora em uma região afetada pela atividade em Minas Gerais e fez um alerta:
(ADAIR) A gente vê o quanto que a mineração é má, não respeita a produção ali gerada durante gerações e gerações, não agrega valor no produto extraído ali para que gere emprego pro povo brasileiro, porque o minério é levado cru, e além disso, mutila vidas, expulsa famílias, leva violência, leva droga, leva morte pras comunidades
(Repórter) João Capiberibe demonstrou confiança de que o projeto será alterado quando chegar ao Senado.
(CAPIBERIBE) Acho que aqui no Senado, vamos dar uma grande contribuição para mudar essa realidade. Adianto aqui que vou apresentar uma emenda para garantir destinação mínima de 50% da receita obtida pelo estado brasileiro oriunda do regime de exploração regulada pelo novo código de mineração distribuição para as áreas de educação, saúde e reforma agrária, que nós nunca fizemos
(Repórter) A análise do Código foi adiada pela Câmara dos Deputados para 2014.
LOC: DE ACORDO COM REPRESENTANTES DAS COMUNIDADES ATINGIDAS PELA ATIVIDADE, O CÓDIGO DE MINERAÇÃO EM DISCUSSÃO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS NÃO CONSIDERA OS EFEITOS SÓCIO-AMBIENTAIS DA EXTRAÇÃO. REPÓRTER FERNANDA NARDELLI:
TÉC: O novo Código de Mineração em análise no Congresso Nacional foi alvo de críticas em audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado. O debate, proposto pelo senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, teve como objetivo apontar os impactos da extração do minério no país. A participação da sociedade na discussão sobre o novo código foi reivindicada por Etevaldo Arantes, do Movimento dos Garimpeiros e Trabalhadores da Mineração. Ele, que mora em Serra Pelada, lembrou que a mineração está presente na vida de todos os brasileiros.
(ETEVALDO) Se a sociedade brasileira não se atentar para o fato de que temos que participar desse código de mineração, não será ruim para as pessoas que estão nos corredores de miséria onde a exploração é feita. Será ruim para todo o país. Cada dia mais, custará mais caro o celular que vocês usam, a casa que vocês moram, a água que vocês bebem.
(Repórter) Os participantes do debate foram unânimes ao afirmar que o relatório do Código de Mineração apresentado na Câmara ficou pior do que a proposta original do governo e que não levou em conta os impactos sócio-ambientais gerados. O coordenador do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Atingidos pela Mineração, Adair Almeida, mora em uma região afetada pela atividade em Minas Gerais e fez um alerta:
(ADAIR) A gente vê o quanto que a mineração é má, não respeita a produção ali gerada durante gerações e gerações, não agrega valor no produto extraído ali para que gere emprego pro povo brasileiro, porque o minério é levado cru, e além disso, mutila vidas, expulsa famílias, leva violência, leva droga, leva morte pras comunidades
(Repórter) João Capiberibe demonstrou confiança de que o projeto será alterado quando chegar ao Senado.
(CAPIBERIBE) Acho que aqui no Senado, vamos dar uma grande contribuição para mudar essa realidade. Adianto aqui que vou apresentar uma emenda para garantir destinação mínima de 50% da receita obtida pelo estado brasileiro oriunda do regime de exploração regulada pelo novo código de mineração distribuição para as áreas de educação, saúde e reforma agrária, que nós nunca fizemos
(Repórter) A análise do Código foi adiada pela Câmara dos Deputados para 2014.
