Senado aprova voto aberto para cassação de mandato e votação de vetos — Rádio Senado

Senado aprova voto aberto para cassação de mandato e votação de vetos

LOC: O SENADO APROVOU A PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO DO VOTO ABERTO PARA DUAS SITUAÇÕES. 

LOC: CASSAÇÃO DE MANDATO E EXAME DE VETO PRESIDENCIAL PASSAM A SER DECIDIDOS EM VOTAÇÃO ABERTA. A REPORTAGEM É DE IARA FARIAS BORGES: 

(Repórter) Em sessão que durou quase quatro horas, o Senado aprovou o voto aberto para cassação de mandato e exame de veto presidencial. Outras situações como escolha de autoridades e eleição das Mesas Diretoras do Senado e da Câmara dos Deputados continuam com votação secreta. Para o senador Rodrigo Rollemberg do PSB do Distrito Federal, a sociedade quer o voto aberto para todas as situações. No entanto considera um avanço a abertura do voto para cassação e apreciação de vetos: 

(Rodrigo Rollemberg) Teremos uma vitória parcial, parcial neste momento. O senado Federal não pode ser uma instituição que se esconde atrás do voto secreto. A população quer participar, a população quer saber como vota o seu senador”. 

(Repórter) Também o senador Walter Pinheiro do PT da Bahia, defendeu a votação aberta em todas as situações. Para ele, a transparência adotada pelo Senado deve ser estendida às votações. 

(Walter Pinheiro) “A Casa aprovou diversas leis de transparência. E na hora que a transparência, que a verdade, se estabelece para cada um de nós, manter o voto secreto é mais uma vez mitigar toda e qualquer possibilidade de verdadeiramente a sociedade acompanhar, contribuir e fiscalizar os atos do legislativo”. 

(Repórter) Para o senador Aloysio Nunes Ferreira Aloysio Nunes do PSDB de São Paulo, todas as votações devem ser secretas, com exceção das cassações. Segundo ele, abrir as votações pode afetar o equilíbrio entre os Poderes: 

(Aloysio Nunes Ferreira) “É uma questão que repercute de uma maneira que talvez nós nem possamos agora imaginar a que ponto ela operará no funcionamento das instituições democráticas brasileiras”. 

(Repórter) A interferência do Executivo nas decisões do Legislativo também é o receio do senador Jader Barbalho, do PMDB do Pará: 

(Jader Barbalho) “Considero um equívoco, um atestado que se passa de menoridade política para esta Casa. Eu não vou colaborar para a menoridade, para a redução das prerrogativas do Senado Federal”. 

(Repórter) A parte da PEC que sofreu modificação no Senado, volta à Câmara dos Deputados. E o texto aprovado pelos senadores vai à promulgação.
26/11/2013, 10h31 - ATUALIZADO EM 26/11/2013, 10h31
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