Senadores ainda divergem sobre votação do fim do voto secreto — Rádio Senado

Senadores ainda divergem sobre votação do fim do voto secreto

LOC: OS SENADORES DEVERÃO APROVAR O FIM DO VOTO SECRETO APENAS NOS CASOS DE CASSAÇÃO DE MANDATO. 

LOC: MAS UM GRUPO DE PARLAMENTARES QUER ACABAR COM O SIGILO EM TODAS AS DELIBERAÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

TÉC: Após duas semanas de negociações, o Plenário do Senado deve votar nesta semana o segundo turno da proposta que acaba com o voto secreto no Legislativo. Segundo o líder do DEM, senador José Agripino Maia do Rio Grande do Norte, um acordo ainda em discussão prevê a retirada dos artigos que mencionam o voto secreto para a eleição das Mesas, apreciação de vetos e indicação de autoridades. 

(Agripino) Temos o voto aberto total; voto aberto para tudo, menos para eleição das Mesas da Câmara e do Senado, mais autoridades e mais vetos. Então, são 4 destaques.  

REP: O vice-líder do PT, senador Jorge Viana, do Acre, afirmou que os parlamentares se sentirão pressionados se não for mantido o voto secreto na indicação de autoridades e apreciação de vetos. 

(Jorge) Não é algo bom satanizar o voto secreto. O eleitor tem no voto secreto sua maior prerrogativa porque não está sujeito à pressão. Acho que no caso do Senado algumas daquelas prerrogativas que são só do Senado poderiam ser preservadas. 

REP: Defensora do voto aberto em todas as deliberações, a senadora Ana Amélia do PP gaúcho admite aprovar o fim do sigilo apenas nos casos de cassação. 

(Ana) Pelo menos isso, entregar os anéis para não perder os dedos. O pior dos mundos seria anular tudo. 

REP: O líder do PSDB, senador Aloysio Nunes Ferreira, de São Paulo, lembrou que a Câmara além de invadir prerrogativas do Senado só aprovou a PEC após ter a imagem comprometida com uma decisão própria. 

(Aloysio) Foi uma manobra populista da Câmara logo após a absolvição do deputado Donadon para de alguma maneira se safar de um abismo que ela se precipitou. Em alguns casos, em que se trata de preservar o equilíbrio entre os Poderes, como é o caso dos vetos e da indicação de ministros do Supremo, se justifica o voto secreto. 

REP: Se aprovada em segundo turno, a proposta será promulgada.
25/11/2013, 11h58 - ATUALIZADO EM 25/11/2013, 11h58
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