CAS discute situação dos fundos de pensão do país — Rádio Senado

CAS discute situação dos fundos de pensão do país

LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS DISCUTIU NESTA QUINTA-FEIRA A SITUAÇÃO DOS FUNDOS DE PENSÃO DO PAÍS. 

LOC: A AUDIÊNCIA PÚBLICA REUNIU REPRESENTANTES DE ENTIDADES DE PREVIDÊNCIA PATROCINADAS PELO BANCO DO BRASIL, PETROBRAS, CORREIOS, CAIXA ECONÔMICA FEDERAL E DA ASSOCIAÇÃO DOS PARTICIPANTES DE FUNDO DE PENSÃO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. 

TÉC: Os prejuízos sofridos por aplicações mal feitas de fundos como os de ex-funcionários da Varig e Transbrasil e dos Correios mostram que quando a corda estoura, o mais fraco é quem paga a conta. No caso, quem contribuiu ao longo de uma vida acaba recebendo menos do que deveria. Essa situação preocupa a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul. Ela leu trecho de reportagem do jornal Correio Braziliense para os representantes de fundos de pensão presentes à audiência pública. 

(ANA AMÉLIA): instituições que deveriam zelar pela aposentadoria de milhões de trabalhadores se revelam vítimas de bancos falidos. Apenas este é um exemplo, com uma carteira de 650 bilhões de reais para investir, mas sem contar com gestão profissional durante muitos anos, atraem toda sorte de golpes e fraudes, em muitos casos, como mostrou operação da polícia federal, foi com a anuência de próprios gestores dos fundos que executivos aplicaram o patrimônio de idosos em produtos financeiros podres, em troca recebendo suborno e regalias. 

(REPÓRTER): Os representantes dos fundos explicaram que a gestão se profissionalizou. Pediram ainda aperfeiçoamentos na legislação para que os direitos e deveres de contribuintes e gestores fiquem claros. A presidente da Associação dos Participantes de Fundo de Pensão, Cláudia Muinhos Ricaldoni, destacou que como os benefícios dos fundos dependem dos investimentos, não há uma segurança como a poupança, por exemplo. Mas os riscos podem ser reduzidos com algumas ações. 

(CLAUDIA): quando você tem um conselho deliberativo atuante, que conhece, tem compromisso com seus eleitores, muito do que a gente vê acontecendo no sistema não aconteceria. se você tem dentro da entidade regras de governança, comitês de investimento, código de ética, de conduta, absoluta transparência você elimina no nascedouro alguns problemas futuros. 

(REPÓRTER): Cláudia disse que é preciso assegurar a paridade nas decisões, ou seja, garantir aos participantes, e não apenas ao conselho deliberativo do fundo, o direito de influir na gestão. Ela disse que “equilíbrio” seria a palavra-chave para o sucesso do fundo. Segundo informações da Associação Brasileira das Entidades de Previdência Fechada, existem no país 369 fundos de pensão.
21/11/2013, 00h40 - ATUALIZADO EM 21/11/2013, 00h40
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