Comissões debatem com especialistas a importância de cuidados na 1ª infância — Rádio Senado

Comissões debatem com especialistas a importância de cuidados na 1ª infância

LOC: O CARINHO NO CUIDADO COM AS CRIANÇAS ATÉ OS CINCO ANOS DE IDADE É ESSENCIAL PARA QUE ELAS SE DESENVOLVAM COM SEGURANÇA E APRENDAM A RESOLVER CONFLITOS DE FORMA PACÍFICA NA VIDA ADULTA. 

LOC: A INFORMAÇÃO DO NEUROLOGISTA BORIS CYRULNIK FOI APRESENTADA EM AUDIÊNCIA PUBLICA CONJUNTA NESTA QUARTA-FEIRA NA PROGRAMAÇÃO DA SEMANA DE VALORIZAÇÃO DA PRIMEIRA INFÂNCIA. REPORTAGEM ANA BEATRIZ SANTOS. 

(Repórter) A formação dos cuidadores e a construção da resiliência na primeira infância foram temas de uma audiência pública conjunta das comissões de Educação, de Assuntos Sociais e de Direitos Humanos, dentro da programação da sexta Semana de Valorização da Primeira Infância. Para os psicólogos, resiliência é a capacidade que o ser humano tem de superar traumas e encontrar novas oportunidades na vida diante de situações adversas. Os participantes do debate explicaram que desde o final da gravidez até os cinco anos de idade, o afeto é essencial para que a criança se sinta segura emocionalmente e consiga responder de forma não violenta quando contrariada ao longo da vida. Especialistas em desenvolvimento humano disseram que meninos e meninas bem cuidados nessa faixa etária se tornam adolescentes e adultos que conseguem resolver conflitos na base do diálogo e estudantes mais aplicados, como explicou o neurologista francês Boris Cyrulnik, da Universidade de Toulon, ao mencionar uma pesquisa conduzida pela universidade em que atua. 

(Boris Cyrulnik) Boris- “Porque ele são seguros. Eles têm prazer em aprender, compartilhar, entrar em relação e quando têm uma dificuldade inevitável da existência eles sabem buscar a pessoa que vai dar segurança, eles sabem se expressar e chamar por socorro”. 

(Repórter) O senador Waldemir Moka, do PMDB de Mato Grosso do Sul, que é médico, pediu aos gestores que a educação infantil tenha acesso a essas informações.  

(Waldemir Moka) // se você analisar somente 22 por cento de nossas crianças tem algum atendimento em creche. Mas É aí que vamos fazer. Se nós não tivermos a preocupação de cuidarmos das crianças principalmente em sua primeiríssima infância que é do zero aos três anos, depois dos seis anos oito anos, aí eu penso que nos teremos lamentavelmente muita coisa perdida// 

(Repórter) Além de Cyrulnik, também participaram do debate a assistente social Silvia Nabinger e a representante da ONG Aconchego, Fabiana Gadelha.
20/11/2013, 01h41 - ATUALIZADO EM 20/11/2013, 01h41
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