Planos de saúde devem cobrir despesas com medicamentos de uso oral contra o câncer — Rádio Senado

Planos de saúde devem cobrir despesas com medicamentos de uso oral contra o câncer

¿LOC: O SENADO VOTA NA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA O PROJETO QUE INCLUI NA COBERTURA DOS PLANOS DE SAÚDE O TRATAMENTO VIA ORAL CONTRA O CÂNCER.

LOC: E A AUTORA DO PROJETO, SENADORA ANA AMÉLIA, FEZ UM APELO À INDÚSTRIA FARMACÊUTICA PARA BARATEAR O MEDICAMENTO. ELA CONVERSOU COM O REPÓRTER NILO BAIRROS:

(REPÓRTER) O projeto, que está em regime de urgência, é uma das prioridades do Senado no chamado Outubro Rosa, mês que marca a conscientização sobre a prevenção contra o câncer de mama. O texto, de autoria da senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, já tinha sido aprovado na Casa. Depois, foi para a Câmara, onde sofreu algumas mudanças que agora devem ser confirmadas pelos senadores para que entre logo em vigor. Ele obriga os planos de saúde privados a cobrir despesas de medicamentos de uso oral e procedimentos radioterápicos e de hemoterapia para que pacientes que iniciaram o tratamento na rede hospitalar possam continuá-lo em casa. Atualmente, os planos não cobrem o custo desses remédios para uso domiciliar. A senadora explicou que a tendência médica, hoje, é a adoção da quimioterapia por via oral, que em quinze anos deve praticamente substituir a quimioterapia convencional. Ana Amélia conclamou a indústria farmacêutica a colaborar de forma solidária para que esses medicamentos cheguem mais baratos também à rede pública de saúde: 

(Ana Amélia): a tendência no mundo, o percentual maior hoje se dá com quimioterapia oral. Então, é um alcance muito grande, são medicamentos caros, e eu acho que a indústria farmacêutica, que está também interessada no projeto, deveria dar uma colaboração solidária no sentido de disponibilizar esses medicamentos a um preço mais acessível, principalmente aqueles que são comprados pelo setor público, para distribuição na rede do SUS. 

REPÓRTER: De acordo com o Ministério da Saúde, a entrada em vigor da nova lei vai beneficiar pacientes de diferentes tipos de câncer, como próstata, mama, colo retal, estômago, pulmão, leucemia, linfoma, rim e de pele. A Agência Nacional de Saúde Suplementar já determinou a inclusão desse tratamento nos planos de saúde privados a partir de janeiro, mas, segundo Ana Amélia, a definição do assunto em lei vai proteger os pacientes de eventuais negativas das empresas em repassar os medicamentos. Caso o projeto seja aprovado, seguirá diretamente para a sanção presidencial. 
18/10/2013, 06h25 - ATUALIZADO EM 18/10/2013, 06h25
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