CAS debate problemas na perícia médica do INSS — Rádio Senado

CAS debate problemas na perícia médica do INSS

LOC: MÉDICOS PERITOS REIVINDICAM A VALORIZAÇÃO DA CATEGORIA E CRITICAM NOVO MODELO DE PERÍCIA PROPOSTO PELO INSS.  

LOC: O DEBATE, QUE TAMBÉM TOCOU NOS PROBLEMAS ENFRENTADOS PELO TRABALHADOR QUANDO PRECISA DESSE SERVIÇO, ACONTECEU NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS. A REPORTAGEM É DE NILO BAIRROS:  

(Repórter) Exatamente na hora em que mais precisa, o trabalhador enfrenta grande dificuldade para contar com um serviço que é garantido por lei: a perícia médica. Ela serve para verificar se o empregado está em condições de trabalhar, e em alguns casos, pode até indicar a aposentadoria por invalidez. A representante do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul confirma que, de 2010 para cá, mais de 1.900 peritos pediram demissão. Clarissa Bassin elogiou decisão da justiça gaúcha de proteger o trabalhador diante do atraso na perícia: 

(Clarisse Bassin) O INSS não cumpre a legislação de não haver interrupção de pagamento ao trabalhador que se acidenta ou adoece. A ação pública determina a concessão automática se o segurado em 45 dias não tiver feito sua perícia. 

(Repórter) O problema, segundo os médicos peritos, é que falta carreira reestruturada, melhores salários e condições de trabalho. Para reduzir as filas, o INSS, o Instituto Nacional do Seguro Social, pretende substituir os médicos peritos por médicos assistentes nas chamadas perícias simples. O representante do INSS, Sérgio Carneiro, defendeu a medida afirmando que em algumas situações uma equipe multidisciplinar pode dar o parecer. Segundo ele, são sete milhões de perícias por ano, e uma média de 417 mil novos benefícios concedidos ao mês, mais de 50% por incapacidade. Para a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, a comissão deve continuar esse debate para chagar a uma proposta que contemple os profissionais envolvidos e os trabalhadores que precisam desse serviço: 

(Ana Amélia) A perícia é uma situação conflituosa, porque envolve interesses, mas ela trata sobretudo de sentimento das pessoas, porque a pessoa que está doente está vulnerável, então tudo que for preciso para que a comissão possa ajudar na construção disso, e ela só pode ser boa se todos os peritos as entidades, ministério público, trabalhadores puderem se entender, porque senão não sai um projeto bom. 

(Repórter) Também participaram do debate representantes da Procuradoria do Trabalho, do Conselho Nacional de Previdência Social e de sindicatos.
19/09/2013, 06h56 - ATUALIZADO EM 19/09/2013, 06h56
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