Ferraço defende operação que trouxe senador boliviano ao Brasil — Rádio Senado

Ferraço defende operação que trouxe senador boliviano ao Brasil

LOC: EM ENTREVISTA AO PROGRAMA CONEXÃO SENADO, O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES, RICARDO FERRAÇO, DEFENDEU A OPERAÇÃO QUE TROUXE O SENADOR BOLIVIANO ROGER PINTO A BRASÍLIA. 

LOC: ROGER PINTO DEVE CONCEDER UMA ENTREVISTA COLETIVA AMANHÃ, ÀS TRÊS DA TARDE, NO SENADO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

TÉC: O senador boliviano Roger Pinto está em Brasília depois de ter sido trazido de La Paz, capital da Bolívia, até a cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, pelo diplomata brasileiro Eduardo Saboia. De Corumbá, ele viajou de avião para Brasília. O parlamentar estava há mais de um ano exilado na embaixada brasileira após denunciar ligações do governo de Evo Morales com o tráfico de drogas. O Brasil concedeu asilo político, mas as autoridades bolivianas não deram o salvo conduto para Roger Pinto deixar o País por considerar o caso jurídico e não político, já que ele foi condenado a um ano de prisão por prejuízos provocados ao Estado com as denúncias. O presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, também participou da operação que trouxe o boliviano para Brasília. Apesar de Eduardo Saboia ter sido convocado pelo Itamaraty, Ricardo Ferraço declarou apoio à iniciativa do diplomata brasileiro. 

(Ferraço1) O ministro Eduardo Sabóia concluindo que o estado de saúde do senador perseguido boliviano estava se deteriorando tomou a decisão de trazê-lo em carro diplomático, que goza de imunidade, até a fronteira. Nossa colaboração foi na direção de produzir um ato de solidariedade humana. 

REPÓRTER: O presidente da Comissão de Relações Exteriores minimizou a reação dos governos do Brasil e da Bolívia. O governo de Evo Morales espera a extradição do senador Roger Pinto. 

(Ferraço2) Por que o governo da Bolívia não concedeu salvo conduto para que esse senador asilado pelo governo brasileiro pudesse. Não vejo razão para crise. A crise se daria se esse senador em profunda depressão pudesse morrer no consulado brasileiro. Estão fazendo tempestade em copo d’água. Em casos de urgência em que há uma violação objetiva de direitos humanos, e foi essa iniciativa que o ministro Sabóia adotou com o nosso apoio. 

REPÓRTER: O senador boliviano concederá uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira na Comissão de Relações Exteriores do Senado, onde o diplomata brasileiro também deverá esclarecer os fatos numa audiência pública.
26/08/2013, 11h28 - ATUALIZADO EM 26/08/2013, 11h28
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