Suposto isolamento do Brasil no Mercosul preocupa senadores — Rádio Senado

Suposto isolamento do Brasil no Mercosul preocupa senadores

LOC: SENADORES VOLTAM A MANIFESTAR PREOCUPAÇÃO COM SUPOSTO ISOLAMENTO DO PAÍS NO MERCOSUL. 

LOC: O DEBATE ACONTECEU NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES COM O MINISTRO DO DESENVOLVIMENTO, FERNANDO PIMENTEL. REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA. 

TÉC: A Comissão de Relações Exteriores voltou a discutir a diminuição do dinamismo econômico do Mercosul nos últimos tempos, especialmente quando comparado com o crescimento no número de acordos comerciais feitos pelo outro bloco existente na América do Sul, a "Aliança do Pacífico". A senadora Katia Abreu, do PSD de Tocantins, também presidente da Confederação Nacional da Agricultura, pediu ao Ministro que o Mercosul seja flexibilizado. Ela teme que as exportações brasileiras para a União Européia possam ser prejudicadas. Kátia Abreu afirma que a Argentina e a Venezuela estariam dificultando um acordo entre os 2 blocos. 

(KATIA ABREU): Se determinado país fez uma opção específica como a Argentina e a Venezuela fez a sua opção restritiva a mercados, nós não temos nenhuma crítica a fazer. Desde que esta decisão que é unilateral não prejudique os amigos do Bloco de forma direta, e impeça o nosso acordo com a União Européia, que é a maior ansiedade do agronegócio hoje. 

(REPÓRTER): O presidente da Comissão, senador Ricardo Ferraço do PMDB do Espírito Santo, demonstrou a mesma preocupação, apesar de reconhecer a importância do Mercosul para o Brasil. 

(RICARDO FERRAÇO): Ao longo dos últimos 10 anos nós acumulamos aproximadamente 46 bilhões de dólares na relação com os nossos países que formam o Bloco. Sobretudo porque esses países são grandes importadores dos nossos manufaturados. Não estamos muito dependentes do Mercosul para a colocação dos nossos manufaturados no comércio internacional? Porque temos tantas dificuldades no Mercosul para formarmos outras alianças e acordos? 

(REPÓRTER): Fernando Pimentel respondeu que qualquer acordo internacional feito pelo país, dentro ou fora do Mercosul, sempre levará em conta os interesses dos produtores nacionais. Segundo ele, o Brasil continua negociando nos 5 continentes procurando a abertura dos mercados e de maneira bem-sucedida. Para Pimentel, a prova do sucesso do Brasil nessas negociações foi a eleição do futuro presidente da "Organização Mundial do Comércio". O ministro disse também que o Mercosul é bem-sucedido, tanto que as exportações brasileiras para o Bloco passaram de 1 bilhão e 300 milhões de dólares por ano quando o Mercosul começou para quase 28 bilhões de dólares esse ano, com um superávit de 3 bilhões e 500 milhões de dólares favorável ao Brasil.
04/07/2013, 01h38 - ATUALIZADO EM 04/07/2013, 01h38
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