Partidos devem debater perguntas do plebiscito sobre reforma política — Rádio Senado

Partidos devem debater perguntas do plebiscito sobre reforma política

LOC: DIVERSAS BANCADAS DE PARTIDOS DE SE REÚNEM PARA DISCUTIR AS PERGUNTAS DO PLEBISCITO.  

LOC: O CONGRESSO NACIONAL DEVE RECEBER NESTA SEMANA PEDIDO DE CONVOCAÇÃO DA CONSULTA POPULAR. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. 

TÉC: Após declararem apoio ao plebiscito para a votação da Reforma Política, os partidos governistas vão discutir com as bancadas as perguntas a serem submetidas à consulta popular. No pedido para a realização do plebiscito a ser enviado ao Congresso Nacional nesta semana, a presidente Dilma Rousseff também vai sugerir alguns questionamentos. O senador Cristovam Buarque do PDT do Distrito Federal não está otimista com a consulta popular ao destacar que perguntas objetivas estarão de fora do plebiscito. 

(Cristovam) Vamos colocar o fim do privilégio a deputados e senadores? Ou uma coisa que jamais vamos discutir aqui se deve ou não ter duas câmaras, Senado e Câmara, ou só uma, a Câmara dos Deputados como em muitos lugares? O fim da eleição e se passar, a presidenta Dilma deixa de ser candidata neste ano? Vamos colocar voto avulso para poder ser candidato sem partido? Vamos colocar cassação de candidatos que não cumprem com os compromissos com os eleitores? 

REP: Outra polêmica se refere à validade das mudanças que deverão ser aprovadas até o dia seis de outubro para valerem nas eleições do ano que vem. O líder do PSB, senador Rodrigo Rollemberg, do Distrito Federal, defende que a Reforma Política só entre em vigor em 2018. 

(Rollemberg) Não temos condições de fazer uma consulta adequada e qualificada para mudança do processo político eleitoral para 2014 porque esse processo teria que ser concluído todo ele até o dia 6 de outubro. Me parece que um assunto que não conseguiu ser resolvido pelo Congresso Nacional nesses 10 anos não será resolvido agora de forma adequada em 3 meses. 

REP: Já o líder do PSDB, senador Aloysio Nunes Ferreira de São Paulo, diz que a oposição não vai apoiar o plebiscito porque a Reforma Política não é uma reivindicação popular. 

(Aloysio) O que precisamos são providências do governo para atender e resolver problemas que estão ai. É uma saúde precária, a má qualidade da educação, o transporte público, o desperdício de dinheiro público. Plebiscito nenhum vai resolver isso. A presidente está trazendo esse tema para desviar a atenção do povo para esses problemas. Por isso que achamos que esse negócio de plebiscito é conversa fiada para boi dormir. 

REP: A justiça eleitoral estima gastos de R$ 500 milhões para a realização do plebiscito, que ainda não tem data.
01/07/2013, 01h00 - ATUALIZADO EM 01/07/2013, 01h00
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