Renan espera pedido oficial de Dilma para convocar o plebiscito — Rádio Senado

Renan espera pedido oficial de Dilma para convocar o plebiscito

LOC: O PRESIDENTE DO SENADO SÓ ESPERA PEDIDO OFICIAL DA PRESIDENTE DILMA PARA CONVOCAR UM PLEBISCITO SOBRE REFORMA POLÍTICA. 

LOC: A OPOSIÇÃO DEFENDE QUE O PRÓPRIO CONGRESSO NACIONAL DECIDA SOBRE MUDANÇAS NO SISTEMA POLÍTICO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

(Repórter) Após uma reunião no Palácio do Planalto com os líderes da base aliada, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, anunciou que a presidente Dilma Rousseff deve enviar na próxima semana uma mensagem pedindo oficialmente a realização de um plebiscito para a votação da Reforma Política. Segundo ele, o pedido deverá indicar algumas das perguntas a serem feitas à população. 

(Renan Calheiros) A presidência vai pedir ao Congresso Nacional a convocação do plebiscito. É fundamental que ela indique os rumos e o Congresso Nacional vai ampliá-los ou não. É muito importante que a população seja ouvida no plebiscito. Qualquer energia que possa ser canalizada para a Reforma Política será muito bem aproveitada. O estado de espíritos de todos os partidos é esse. 

(Repórter) A presidente Dilma Rousseff quer se reunir com as lideranças da oposição na próxima semana. Mas o vice-líder do PSDB, senador Álvaro Dias, do Paraná, antecipou que os oposicionistas são contrários ao plebiscito sob o argumento de que o próprio Congresso Nacional deve aprovar as mudanças debatidas há anos. Segundo ele, o legislativo deveria submeter à população a um referendo após a aprovação da Reforma Política. 

(Alvaro Dias) É uma temeridade, não é oportuno o plebiscito e não é a melhor alternativa para se oferecer respostas para as ruas. Temos pouco tempo. O plebiscito custa dinheiro. As perguntas da Reforma Política são complexas e não como responder com um sim ou não. Não há tempo para o grande debate nacional que se exigiria. Portanto, é uma imprudência o anúncio desse plebiscito. 

(Repórter) O líder do governo, senador Eduardo Braga, do PMDB do Amazonas, defendeu o plebiscito, mas admitiu que nem todas as decisões da consulta popular serão necessariamente acatadas. 

(Eduardo Braga) Se continuarmos avançando como o apoiamento que estamos alcançando, creio que poderemos de forma rápida estabelecer negociação com a justiça eleitoral e definir pela competência do Congresso o parâmetro das perguntas para que possamos submeter o plebiscito. 

(Repórter) Segundo Braga, a justiça eleitoral fará uma campanha para esclarecer a população sobre as perguntas do plebiscito que deverá ocorrer até agosto para que a Câmara dos Deputados e o Senado aprovem a Reforma Política até outubro. Assim, as novas regras poderiam valer já nas eleições do ano que vem.
27/06/2013, 08h11 - ATUALIZADO EM 27/06/2013, 08h11
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